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Petista diz que prefeitura violou dado de paciente

DE SÃO PAULO

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, acusou ontem a prefeitura de divulgar o diagnóstico de um paciente da rede municipal de Saúde para desqualificar seu programa eleitoral e beneficiar seu rival na disputa, o tucano José Serra.

Na última sexta-feira, a propaganda de Haddad exibiu o depoimento do caminhoneiro José Machado, que afirmou esperar há dois anos uma cirurgia de catarata. Na fala, ele diz que a doença o impediu de trabalhar e prejudicou sua visão.

O relato foi questionado pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a pasta informou que "a hipótese de diagnóstico" de Machado não era catarata e que não há fila para cirurgia da doença em São Paulo.

"Isso me parece um erro grave que a prefeitura cometeu para favorecer uma candidatura", disse Haddad, que criticou a "divulgação do prontuário médico".

Questionado sobre a divergência entre os diagnósticos, Haddad disse que o paciente colocaria exames à disposição e que, qualquer que seja a doença, o sistema falhou ao atender Machado.

Ontem, a Secretaria de Saúde divulgou nota sobre o caso. Disse que iniciou a apuração para averiguar a queixa feita por Machado e negou ter quebrado o sigilo do diagnóstico do paciente. "A apuração revelou inconsistências entre a versão veiculada na campanha e o que de fato houve. O tempo de espera relatado e o tratamento indicado são notoriamente inverídicos", diz a nota.

A campanha de Haddad apresentou pedido de exame de Machado cuja justificativa para a análise é catarata. No entanto, a caligrafia em que a doença foi escrita difere da que foi usada para grafar o nome do paciente. O PT diz que o material já foi entregue à campanha daquela forma.

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