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PT critica abandono de cargo de Serra na TV

Comercial de Haddad estreia um dia após tucano levar tema ao seu programa eleitoral

Joel Silva/Folhapress
O candidato do PSDB, José Serra, participa de encontro com mulheres na zona leste de SP
O candidato do PSDB, José Serra, participa de encontro com mulheres na zona leste de SP

DE SÃO PAULO

Um dia após o candidato José Serra (PSDB) ir à TV para falar sobre sua saída da prefeitura, em 2006, a campanha de seu adversário, Fernando Haddad (PT), levou ao ar um comercial que critica o abandono do cargo.

"Sabe aquele candidato que abandonou a prefeitura no meio do mandato? Que deixou um vice para tomar conta da cidade? E que tem costume de pular de galho em galho? Tá aí mais uma vez, querendo se passar pelo novo", diz a propaganda veiculada em intervalos comerciais. Serra não é citado.

Enquanto isso, a peça mostra imagens de uma vitrola antiga tocando música instrumental em um disco arranhado, com uma pessoa tirando poeira do aparelho. Após dizer que "de novo ele [o adversário] não tem nada", o locutor afirma que está na hora de "mudar de música".

Surge, então, a imagem de um tablet tocando o jingle de Haddad, cuja letra afirma que ele é "um homem novo pra essa cidade". O petista não aparece no comercial.

A saída de Serra da prefeitura foi abordada pelo tucano pela primeira vez em sua propaganda anteontem, após pesquisas apontarem queda em suas intenções de voto.

O tema já havia surgido em comerciais do PT que diziam que "São Paulo cansou de prefeitos de meio mandato".

Serra rebateu as críticas acusando a gestão Marta Suplicy (PT) de ter falhado na administração da cidade. Ele disse ter encontrado a prefeitura "quebrada".

"Pior do que qualquer coisa é o abandono que a cidade ficou com eles na prefeitura. Filas de credores, postos de saúde sem remédios e obras paradas", afirmou.

"A grande obra do PT foram os túneis dos Jardins. Obras mal-feitas, que inundaram logo depois e custaram uma fortuna. Esse é o PT."

Numa variação do discurso que usa na TV, Serra disse ainda, ontem, que o "PT ia quebrar o Estado como quebrou a prefeitura".

"Tem muito boato se espalhando. Um deles é o boato de que se eleito eu saio para me candidatar em dois anos", afirmou. "Eu fiz isso uma vez, sim, mas fiz com o apoio da população de São Paulo. Tive mais votos para governador do que para prefeito."

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu o pronunciamento do aliado na TV. Para ele, o discurso era "muito necessário" para reduzir a rejeição.

"Isso [rejeição] não é fixo, é momento político, para isso tem campanha. O pronunciamento foi muito importante para não deixar dúvida em relação ao seu mandato de quatro anos."

(LUIZA BANDEIRA, DANIELA LIMA E PAULO GAMA)

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