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Eleições 2012

Para tentar frear Russomanno, PSDB e PT mudam táticas

Serra escala aliados para atacar candidato do PRB, e petistas antecipam entrada de Marta e Dilma na TV

Kassab acusa rival de propor a criação de milícias, e FHC grava depoimento para a propaganda tucana

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

As campanhas de José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) começaram a mudar suas estratégias para tentar frear o crescimento de Celso Russomanno (PRB), que ampliou a liderança na corrida à Prefeitura de São Paulo.

Aliados de Serra foram escalados para atacar o rival, que vinha sendo poupado na propaganda tucana. Ontem, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que Russomanno quer "criar uma milícia" ao propor a integração de vigias de rua à segurança pública.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) afirmou que "não entregaria a chave de casa" ao adversário. "Ele não tem a menor credibilidade para ser prefeito", criticou.

O PT antecipou a entrada da ex-prefeita Marta Suplicy na campanha de Haddad. Ela apareceu ontem na TV. Amanhã, subirá no palanque do candidato pela primeira vez, oito dias antes do previsto.

Os petistas querem estancar a perda de votos para Russomanno em bairros periféricos da na zona sul, onde o partido costuma vencer. Além do comício, em M'Boi Mirim, foram marcadas visitas a Parelheiros, hoje, e à Capela do Socorro, no sábado.

A presidente Dilma Rousseff, que pretendia se manter neutra no primeiro turno, também se antecipou e já gravou para a TV, como informou a coluna Mônica Bergamo.

Segundo aliados, ela gravou quatro mensagens, nas quais lista ações do candidato como ministro da Educação e o descreve como um político sério e capaz de formular e executar bons projetos.

A ideia é usá-la como puxadora de votos para Haddad na classe média, onde ela teria mais influência do que Marta e o ex-presidente Lula.

A cúpula do partido de Russomanno, que apoia o governo federal, foi avisada da gravação na última sexta-feira e não ensaiou resistência.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi convidado para participar da campanha e gravou ontem para a propaganda de Serra na TV.

Sua fala terá a missão de recuperar votos tucanos nos bairros centrais e reforçar a promessa de que o candidato, se eleito, cumprirá os quatro anos de mandato.

Em outra frente, o PSDB vai aumentar o número de "visitadores" para pedir votos de porta em porta em distritos intermediários entre o centro e a periferia.

SURPRESA

A nova alta de Russomanno, que atingiu 35% das intenções de voto na pesquisa Datafolha divulgada ontem, surpreendeu petistas e tucanos. As campanhas espalhavam a versão de que o rival estaria estagnado, o que não se confirmou.

A situação de Serra, e queda desde meados de junho, é considerada preocupante por seus aliados. Ontem, Haddad insinuou que ele estará fora do segundo turno.

"Hoje a população está entre mudar e não mudar. No segundo turno estará entre para onde mudar", disse.

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