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Na zona sul, população vai à Justiça por atendimento

MARINA GAMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A desempregada Aline Souza, 29, tenta há dois meses descobrir os motivos das dores que a filha Maria Eduarda, 5, sente. Mas até hoje a menina não conseguiu fazer os exames necessários.

Os problemas começaram em julho, quando Aline levou a filha com fortes dores nas pernas e na cabeça à AMA (Assistência Médica Ambulatorial) de Parelheiros, no extremo sul de São Paulo.

Elas esperaram por mais de quatro horas, e a menina não foi medicada, já que não havia pediatra no local.

Aline foi, então, a um pronto-socorro do bairro vizinho, onde a pediatra disse que ela deveria marcar os exames na UBS (Unidade Básica de Saúde) de Parelheiros, no mesmo prédio da AMA. Desde então, aguarda o agendamento de radiografias. "Nem adianta levá-la ao médico de novo. Então dou a ela um remédio para dor e fico esperando."

Cansados dos problemas da AMA, administrada por uma parceira, a Associação Saúde da Família, moradores decidiram entrar na Justiça. Conseguiram uma liminar que exige que a prefeitura complemente a equipe médica do local até o mês que vem.

Agora, querem melhorar também o atendimento na UBS, administrada pela prefeitura, para resolver problemas como o de Iraci Lima, 50, que é hipertensa e tenta agendar consulta com um clínico geral há dois meses.

A secretaria da Saúde disse que não foi notificada oficialmente e que, assim que for, tomará medidas necessárias. A Associação Saúde da Família não quis se manifestar. O órgão diz que tem trabalhado para resolver a deficiência e que "a falta de médicos é problema nacional".

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