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Sabatina Folha - Fernando Haddad Sem limite, Serra não poupa nem amigos para se eleger PETISTA RECLAMA DE ATAQUES, ESCOLHE TUCANO COMO ALVO PRINCIPAL E DIZ QUE MALUF 'NÃO LEVARÁ NADA' SE FOR ELEITO
O candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, deixou claro ontem, na Sabatina Folha/UOL, que escolheu José Serra (PSDB) como seu alvo preferencial no último mês da campanha. Ao reclamar das críticas do adversário na TV, disse que ele "não tem limites" e "não poupa nem o melhor amigo" para tentar se eleger. O petista também foi ao ataque. Numa das respostas, responsabilizou o tucano pela cratera que matou sete pessoas na obra do metrô. O acidente ocorreu em 2007, primeiro ano da gestão dele como governador do Estado. Haddad e Serra estão tecnicamente empatados em segundo lugar. Se a eleição fosse hoje, disputariam uma vaga para enfrentar o líder das pesquisas, Celso Russomanno (PRB), no segundo turno. O candidato prometeu não entregar cargos ao aliado Paulo Maluf (PP) na prefeitura caso seja eleito. "Ele não vai levar nada", disse. Participaram da sabatina Ricardo Balthazar, editor de "Poder", Vera Magalhães, editora do "Painel", Barbara Gancia, colunista da Folha, e Maurício Stycer, repórter especial do UOL. -
Embate com Serra Questionado sobre as críticas por ter ajudado a criar taxas na gestão Marta Suplicy [2001-04], voltou ao ataque. Disse que seu chefe à época, João Sayad, é o "melhor amigo" de Serra. "Ele não poupa ninguém. Nem o melhor amigo ele é capaz de poupar."
Enem e cratera no metrô Ele emendou a resposta em novas críticas ao candidato do PSDB. "Vamos supor que a cratera do metrô do Serra fosse um ato de sabotagem. Nós não íamos acusá-lo. Íamos nos solidarizar com ele. Infelizmente, a cratera do metrô foi um erro de gestão. As panes da CPTM, do metrô."
Aliança com Maluf Sobre a eventual participação de Maluf na prefeitura caso ele seja eleito, foi enfático: "Não vai levar nada."
Paz com Russomanno O petista já disse que São Paulo "não é para amador" e não pode "dar um salto no escuro". Mas desconversou ao ser questionado sobre se a crítica era dirigida ao líder das pesquisas de intenção de voto. Limitou-se a dizer que não vê "horizonte de futuro" em seu programa de governo.
PT e mensalão Ele disse que respeitará qualquer decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o caso. "O [ex] presidente Lula nomeou, indicou e o Senado aprovou 8 dos 11 ministros. Ele conduziu quem fez a denúncia e conduziu o atual procurador-geral", disse. "Nós estamos falando da Suprema Corte. Ministros com alta respeitabilidade. Como não vou respeitar as pessoas que estão lá, e que foram indicadas pelo meu partido?", disse. "Você pode discordar, é um direito democrático. Agora, as instituições têm que ser respeitadas."
José Dirceu A colunista Barbara Gancia perguntou se os dois são amigos. "O Zé Dirceu abonou minha ficha de filiação ao PT em 1983. Eu o conheço há muito tempo", respondeu Haddad. "Ele abonou como dirigente. Quem me recrutou foi o [ex-presidente da Radiobrás] Eugênio Bucci."
Kit anti-homofobia O repórter Mauricio Stycer lembrou que foi a presidente Dilma quem vetou a distribuição, após reação das igrejas. "Eu e ela. Nós conversamos", interrompeu Haddad. "A bem da verdade, conversei com o [ministro] Gilberto Carvalho. Tinha tomado conhecimento do material na véspera."
Arco do Futuro "São Paulo não pode ter baixa pretensão, é a maior metrópole do país", disse. "É óbvio que nem todas as obras serão entregues em quatro anos. Mas a maioria já foi pensada e não saiu do papel."
Media training Depois, ele reconheceu ter sido aconselhado a trocar a terceira pela primeira pessoa. "Falaram para usar mais 'eu' do que 'nós', porque o candidato sou eu..."
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