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Presidente da CNBB afirma que mensalão está comprovado

Efeito pedagógico é igual ao da Ficha Limpa, diz cardeal

DANIEL CARVALHO
ENVIADO ESPECIAL A APARECIDA

Presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, 75, diz que a existência do esquema do mensalão petista está comprovada.

"O processo aí no Supremo está nos dizendo que o fato existiu. Ou então estão fazendo um julgamento fictício", disse anteontem à Folha, ao ser questionado sobre recentes negativas do ex-presidente Lula sobre o esquema.

Sobre o resultado do julgamento até agora, o líder da Igreja Católica no Brasil disse apenas que respeita as decisões do Supremo Tribunal Federal. "Ele [STF] que tem o processo na mão, analisa, e nós confiamos na decisão final da Justiça", declarou.

Em conversa com a reportagem no Seminário Bom Jesus, ele comparou o efeito pedagógico do mensalão com a Lei da Ficha Limpa.

"Acho que [a Lei da Ficha Limpa] tem um sentido pedagógico. Assim como quando me perguntavam sobre a questão do mensalão, dizia que tinha uma função pedagógica para o Brasil, no sentido de que isso exposto publicamente reforça a educação da sociedade para a tolerância zero com relação à corrupção", afirmou.

A reportagem indagou o presidente da CNBB sobre declaração nesta semana da nova ministra da Cultura, a petista Marta Suplicy, na qual chamou o ex-presidente Lula de "Deus".

"Eu não creio que nem o Lula acredita que ele é Deus [risos]."

Dom Raymundo destacou como positiva a troca, no Senado, de Marta Suplicy, defensora de bandeiras do movimento gay, por Antonio Carlos Rodrigues (PR), seu suplente, que é contra o aborto, eutanásia e casamento entre pessoas de mesmo sexo.

"Para nós é sempre visto como positivo [essa troca de perfil]", afirmou.

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