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Eleições 2012

Propaganda do PT será mais agressiva

Com aval de Lula, campanha de Haddad muda estratégia e investirá mais em ataques contra Serra e Russomanno

Propagandas petistas na mídia serão mais politizadas, com respostas ao uso do mensalão pelo PSDB

CATIA SEABRA
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa eleitoral de Fernando Haddad (PT) adotará tom mais agressivo na reta final da campanha eleitoral, com ataques a José Serra (PSDB) e investidas contra a imagem do líder das pesquisas, Celso Russomanno (PRB).

Sob pressão dos petistas, a propaganda de Haddad será mais politizada, especialmente nas inserções, comerciais veiculados ao longo da programação das emissoras.

A nova estratégia de comunicação foi desenhada ontem durante reunião com Lula e Haddad. E incluirá respostas mais contundentes ao PSDB, que usa o julgamento do mensalão em rádio e TV.

Ontem mesmo o comando da campanha submeteu a testes alguns temas para explorar contra Serra.

O cardápio variava da política de privatizações do PSDB ao mensalão mineiro, passando pelo ex-diretor da estatal paulista Dersa Paulo Vieira de Souza, apelidado de "Paulo Preto" -que teria arrecadado recursos para a campanha do tucano à Presidência, em 2010.

Quanto a Russomanno, a intenção da campanha do PT é minar a confiança do eleitorado, até mesmo em seu potencial político para administrar uma cidade com a magnitude de São Paulo.

Ficou acertada ainda uma mudança na linguagem do programa, com o candidato falando mais diretamente com o eleitor. Como a Folha revelou ontem, a propaganda de Haddad foi alvo de críticas durante reunião da coordenação da campanha.

Também na avaliação da cúpula do PT não condiz com o partido a exibição de programa totalmente alheio ao bombardeio político da campanha. A Folha apurou que o próprio Haddad vinha pontuando suas queixas ao programa, por não expressar seu estilo pessoal em rádio e TV.

Passada a apresentação do candidato e de seus apoiadores, defendeu Haddad, agora é o momento de mostrar por que seria melhor opção que os adversários.

DISPUTA INTERNA

Além de propor mudanças no programa, Haddad terá a tarefa de administrar disputa interna pela condução política da campanha e evitar que a briga por poder contamine seu desempenho.

No debate da segunda-feira passada, a presença de só dois parlamentares do PT na plateia foi interpretada como sinal de descontentamento.

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