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Estatal do PR é 'empresa de fachada', diz Polícia Federal

PF acusa Sanepar de atuar politicamente

ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA

Após três anos de investigação, a Polícia Federal do Paraná deflagrou ontem operação que acusa a Sanepar (estatal de saneamento do Paraná) de ser uma "empresa de fachada" por não tratar o esgoto despejado nos rios.

A empresa é do governo do Estado. Seu presidente, Fernando Ghignone (hoje licenciado), coordena a campanha do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), à reeleição.

O presidente interino da Sanepar, Antonio Hallage, disse estranhar o fato de a ação ser deflagrada às vésperas das eleições e levantou a possibilidade de motivações políticas: "Que outra interpretação podemos dar?"

Segundo a PF, a Sanepar é a "maior poluidora dos rios do Paraná" e, apesar de cobrar pelo tratamento do esgoto, não realiza o serviço.

A acusação se baseia em 430 coletas de água do rio Iguaçu. Segundo a PF, a Sanepar lança no rio material sem tratamento e comete crime ambiental. "No que diz respeito ao tratamento de esgoto, a Sanepar é uma empresa de fachada", diz o delegado Rubens Lopes da Silva.

A empresa nega as acusações "inverídicas e caluniosas" e diz que irá responsabilizar seus autores na Justiça.

Hallage afirma ainda que a Sanepar trata "todos os esgotos encaminhados à rede".

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