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Eleições 2012

Russomanno busca fiador para propostas

Sob críticas dos adversários, candidato procura especialistas para dar credibilidade ao seu programa de governo

Pressão faz líder nas pesquisas lançar livreto com propostas que já estavam disponíveis na internet desde julho

DE SÃO PAULO

A 11 dias da eleição, o comitê de campanha de Celso Russomanno (PRB) procura um coordenador capaz de conferir credibilidade ao programa de governo do candidato que lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A busca por um nome reconhecido no mercado é uma tentativa de neutralizar as críticas de que Russomanno não tem densidade para levar suas promessas adiante.

A procura extrapola as divisas de São Paulo. No Rio, o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB, tem conversado com especialistas e mesmo técnicos de empresas de construção atrás de sugestões para a cidade.

A intenção é indicar um novo coordenador de programa até o fim de semana. O atual coordenador é o jornalista Carlos Baltazar.

Procurado pela Folha, ele se recusou a comentar a possibilidade de ser substituído.

Nesta semana, para reagir às críticas de seus adversários de que não teria programa de governo, Russomanno passou a exibir uma versão impressa de propostas que estão disponíveis em seu site desde 12 de julho.

O candidato mostrou a brochura, de 50 páginas, no debate da TV Gazeta e do portal Terra, anteontem, ao ser acusado pelo candidato do PT, Fernando Haddad, de não ter projetos concretos.

O texto apresentado é o mesmo que foi enviado à Justiça Eleitoral quando ele registrou a candidatura a prefeito e não traz metas quantitativas nem detalhamento de custos das promessas.

Ele disse que esse "plano" é diferente de seu "programa de governo", que afirmou só ser obrigado a registrar 90 dias depois da posse como prefeito, caso seja eleito.

Ele admitiu que a impressão do plano foi feita após as críticas dos adversários. E promete apresentar o programa em etapas até o fim da campanha. O primeiro, segundo diz, é o projeto para esporte e combate às drogas.

PRIMEIRO PLANO

Uma das promessas que constam no texto é estabelecer uma tarifa proporcional para usuários de ônibus de acordo com a distância percorrida. No debate, a ideia virou alvo de críticas de Haddad, que diz que isso vai prejudicar as pessoas mais pobres, que moram mais longe.

Russomanno disse que o preço máximo da tarifa será de R$ 3 -valor atual da passagem- e que haverá um sistema de identificação biométrica nas portas dos ônibus para calcular o trajeto percorrido por cada usuário.

Ele não informou o custo da implantação do equipamento. O candidato prometeu os dados duas vezes à reportagem, mas eles não foram enviados.

Outra promessa que foi questionada, a de ampliar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana para 20 mil agentes, apresenta divergência de custos. Ele diz que custará R$ 650 milhões, mas a prefeitura estimou os gastos em R$ 1 bilhão.

(CATIA SEABRA, DIÓGENES CAMPANHA E LUIZA BANDEIRA)

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