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Eleições 2012

PRB espera ter Lula, Dilma e PT no palanque de Russomanno

Presidente do partido diz que, em 2º turno de seu candidato contra Serra, apoio seria 'natural'

Marcos Pereira, bispo licenciado da Universal, crê que Dilma não será 'agressiva' se Haddad avançar na disputa

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, disse considerar "natural" que o PT, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiem Celso Russomanno em um eventual segundo turno pela Prefeitura de São Paulo se o rival for José Serra (PSDB).

Em entrevista à Folha e ao UOL (empresa pertencente ao Grupo Folha, que edita a Folha), ele disse: "Temos essa expectativa. Acho que é muito mais do que justo, porque o PRB já nasceu aliado com o presidente Lula, com o PT, elegendo o José Alencar vice-presidente no segundo mandato do presidente Lula".

Licenciado de suas funções de pastor (desde 1994) e de bispo (desde 1999) da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcos Pereira é o principal operador político do Partido Republicano Brasileiro.

O "bispo licenciado" é uma categoria de religiosos da Iurd para trabalhos externos, em áreas de interesse da organização. De licença, Pereira não exerce atividade religiosa em tempo integral, mas mantém vínculo com a igreja.

No caso de Fernando Haddad (PT) passar ao segundo turno na eleição paulistana, o dirigente do PRB dá um sorriso. Sugere uma fórmula para a presidente Dilma.

"Eu imagino que ela deverá, obviamente, apoiar o Fernando Haddad. Mas sem críticas e sem tons agressivos ao outro candidato, que a apoiou na sua eleição em 2010, e o partido que a apoiou e hoje faz base do governo dela."

Pereira relatou também como foi o processo que levou o PRB a assinar um manifesto de partidos governistas em defesa de Lula, insinuando que a oposição estaria preparando um golpe.

Segundo o dirigente do PRB, coube ao ministro Marcelo Crivella (Pesca), que é do seu partido, analisar o documento a pedido do presidente do PT, Rui Falcão.

"Eu não tive participação nenhuma na construção do texto, nem sequer li o texto", afirmou Pereira.

Ele não diz que discorda, mas faz uma ressalva sobre o trecho que fala em golpe: "Eu teria discutido um pouco mais com eles o conteúdo da carta. Não há que se falar em golpe, na minha opinião".

Conciliador, Pereira retirou nesta semana de seu blog um texto escrito há um ano e meio e considerado ofensivo pela Igreja Católica.

O líder do PRB sugeria ligação de católicos à proposta de distribuir um kit anti-homofobia em escolas. O caso agora ficou para trás.

"Eu não estou aqui para julgar o que a Igreja Católica faz e deixa de fazer. Nós não devemos ficar discutindo religião [na campanha] porque isso é muito ruim para o fortalecimento e o amadurecimento da democracia brasileira", afirmou.

NA INTERNET
Assista à entrevista e leia a transcrição
folha.com/no1159239

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