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Se for ao 2º turno, PT planeja poupar Igreja Universal

Partido teme retaliação da TV Record ao governo Dilma; ministro Crivella deve negociar pacto de não agressão

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

O PT pretende poupar a Igreja Universal de ataques caso Fernando Haddad passe ao segundo turno contra o líder Celso Russomanno (PRB), cujo partido é controlado pela denominação.

Os petistas temem uma retaliação da TV Record ao governo Dilma Rousseff e devem usar o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), para negociar um pacto de não agressão na disputa.

Além disso, o ex-presidente Lula costurou a aproximação entre o PT e a igreja do bispo Edir Macedo e incentivou a criação da sigla aliada.

O vínculo do partido de Russomanno com a igreja do bispo Edir Macedo tem sido usado por José Serra (PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB) como principal arma contra o líder das pesquisas.

Haddad, no entanto, tem evitado a polêmica. Limita-se a criticar, de forma genérica, o uso de máquinas religiosas em campanhas rivais.

"Nossa linha será desconstruir Russomanno pela ausência de propostas, sem entrar nessa coisa de igreja", diz o deputado estadual Simão Pedro, que integra a coordenação da campanha petista.

Bispo licenciado da Universal e ex-executivo da Record, o presidente do PRB, Marcos Pereira, diz estar "certo" de que o PT não usará a igreja contra seu candidato.

"Eles já optaram por não fazer isso", afirma. "Se o PT tentar dizer que as nossas propostas são falhas, é aceitável. O que não pode é levar essa questão da religião."

DILMA EM SP

Ontem, a assessoria da presidente Dilma Rousseff consultou a campanha de Haddad sobre a programação do candidato no fim de semana.

O movimento foi interpretado como um sinal de que ela estuda participar dos comícios de amanhã na zona leste, ao lado de Lula. A presidente ouviu aliados e ainda não havia comunicado uma decisão até o início da noite.

Ela não queria ir ao palanque, mas sofre pressão do PT e teme ser responsabilizada se Haddad não for ao segundo turno por poucos votos.

Colaborou NATUZA NERY, de Brasília

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