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Sob pressão, Dilma decide ir ao palanque de Haddad

Presidente atende a apelo de Lula e participará de comício na segunda-feira

Imagens serão usadas para reforçar ideia de que Russomanno não tem apoio político; PT e PSDB pregam voto útil

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

Pressionada por Lula e pelo PT, a presidente Dilma Rousseff vai desembarcar em São Paulo na próxima segunda-feira para participar pela primeira vez de uma atividade da campanha de Fernando Haddad à prefeitura.

A seis dias da eleição, ela vai a um comício em Itaquera, na zona leste, uma das regiões em que o petista mais perde votos para o líder Celso Russomanno (PRB).

Dilma pretendia deixar sua presença para o segundo turno. Os números do Datafolha, que mostraram Haddad em empate técnico com José Serra (PSDB), ajudaram a fazê-la mudar de ideia.

Pesou na decisão o temor de ser responsabilizada por uma eventual derrota para o candidato tucano por uma pequena margem de votos.

A presidente já apareceu na TV, mas resistia a subir no palanque de Haddad.

Ela chegou a sugerir que a viagem ficasse para as vésperas da eleição, mas foi convencida a viajar no início da semana pelo publicitário João Santana, que quer usar as imagens do comício na TV.

A solução encontrada foi aproveitar uma viagem oficial na segunda-feira, quando Dilma já participaria de evento na capital paulista.

Embora os petistas considerem que Dilma tem mais influência eleitoral na classe média, sua presença é considerada importante para reforçar que Haddad, se eleito, terá respaldo em Brasília.

Neste momento, o principal discurso da campanha petista contra Russomanno é o de que o candidato do PRB é inexperiente.

O presidente do partido, Marcos Pereira, não quis se manifestar ontem sobre a entrada da presidente na campanha de Haddad.

Hoje Lula voltará a subir no palanque de seu candidato. Foram marcados comícios em São Miguel e Cidade Tiradentes, também na zona leste.

As campanhas de Haddad e José Serra (PSDB) querem pregar o voto útil na última semana para tentar garantir vaga no segundo turno contra Russomanno.

Os petistas vão investir na ideia de que o ex-ministro da Educação é o único capaz de derrotar o candidato. Um dos argumentos é o de que o índice de rejeição de Serra (45%) impediria sua vitória.

Os tucanos apostam no eleitor antipetista que também rejeita o líder da disputa, mas hoje manifesta intenção de voto em candidatos como Gabriel Chalita (PMDB) e Soninha Francine (PPS).

(BERNARDO MELLO FRANCO, CATIA SEABRA E VALDO CRUZ)

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