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'Silêncio é aliado de quem sofre', diz prefeito condenado

WILHAN SANTIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM JANDAIA DO SUL (PR)

Enquanto o Supremo Tribunal Federal condenava nesta semana José Borba (PP) por corrupção passiva no escândalo do mensalão, o destino do prefeito de Jandaia do Sul (PR) era indiferente aos moradores da cidade.

Na principal praça do município de 20 mil habitantes, aposentados jogavam baralho. "Na nossa vida nada vai mudar. Tanto faz", disse Aparecido José Israel, 64.

Ex-deputado federal pelo PMDB, Borba é acusado de ter recebido R$ 200 mil do esquema, o que ele nega.

Renunciou em 2005 para não ser cassado e elegeu-se prefeito em 2008 com 43% dos votos -já havia governado a cidade de 1989 a 1992.

Borba se recusou a atender a Folha. Por telefone, disse apenas que não vive um "momento agradável"."O silêncio é aliado de quem sofre."

Com a reeleição barrada pela Lei da Ficha Limpa, lançou o vice-prefeito, Dejair Valério (PTC), à sua sucessão.

"Não estamos entrando no julgamento do mensalão. Para isso, confiamos no STF", disse Wilton Pontara, coordenador da campanha do opositor Benedito Pupio (PSC).

O candidato que defende o legado de Borba não quis dar entrevista: "Sem chances".

Na cidade de asfalto novo e praças limpas, a maior parte das obras usa recursos federais. Jandaia do Sul recebeu mais de R$ 15 milhões do Ministério do Turismo desde 2009, apesar de não ter atrações turísticas.

O ministério informou que "apoia projetos em todo o país que possam expandir o turismo e gerar renda".

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