Foco

Cachorródromo é um dos destaques na reestreia da praça Roosevelt, no centro

	Leticia Moreira/Folhapress
	Visitantes (e seus cachorros) na reinauguração da praça Roosevelt, no centro de São Paulo

A praça Roosevelt, no centro, nem bem foi reinaugurada ontem e já estava cheia de gente passeando. Mas a festa mesmo foi da cachorrada.

A professora Marilda Pereira, 62, levou o pug, chamado Rick, para conhecer o cachorródromo, uma das novidades. "Estávamos carente de um lugar como esse aqui no centro."

"Espero que a segurança e o cuidado sejam mantidos depois da festa", pondera.

A reforma demorou dois anos para começar, mais dois de obras e custou R$ 55 milhões. No espaço, há parquinho para crianças, quiosques onde devem ser instaladas floriculturas e uma base da Guarda Civil Metropolitana.

O prédio do batalhão da Polícia Militar, maior reivindicação dos moradores, deve ser entregue até o fim do ano.

Muitos visitantes não encontram o bebedouro para cães -que a prefeitura disse já estar instalado.

"Agora, vamos atrair muita gente. A prostituição e as drogas estavam demais", diz Egbert Mesquita, 41, administrador do Teatro do Ator, que fica em frente à praça.

Para o nutricionista Cláudio Sanchez, 59, a praça ficou bonita, mas muito "concretada". "Faltou mais contato com a natureza", argumenta.

Se uns não gostam do concreto, outros adoram. O skatista Cesar Nunes, 19, que o diga. "Está perfeito para nós."

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) participou da reabertura da praça -uma semana antes das eleições.

Enquanto discursava, o Movimento Passe Livre deu início a um protesto -o que fez com que o som do microfone do prefeito fosse elevado ao máximo. Um manifestante foi detido porque ameaçou jogar um objeto no palco, segundo a prefeitura.

"Ele ia entregar o troféu Barão Catraca ao prefeito", diz Caio Martins, 18, que também protestava contra o aumento das passagens de ônibus.