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Cobrança pode deixar veículos mais lentos

DE SÃO PAULO

Alvo de ataques de Fernando Haddad (PT), a proposta de Celso Russomanno (PRB) de cobrar a passagem de ônibus de acordo com a distância percorrida pelos usuários também é criticada por especialistas em transporte.

Para eles, a cobrança reduzirá ainda mais a velocidade dos veículos, que hoje circulam, em média, a 12 km/h, quando o aceitável seria de até 25 km/h.

Se o passageiro, na hora que entrar no ônibus, tiver que informar qual trajeto irá percorrer, o tempo de permanência do coletivo no ponto deve crescer.

"As pessoas preferem o metrô ao ônibus porque conseguem ter uma previsão de quando vão chegar ao seu destino. Se o tempo até o destino aumentar, isso tende a desestimular os passageiros", afirma Horácio Augusto Figueira, professor do curso de engenharia civil da Uninove.

A proposta também exige uma fiscalização maior, diz o especialista em trânsito Creso de Franco Peixoto. É preciso checar se o usuário de fato vai fazer o trajeto pelo qual pagou.

Caso seja implantado um sistema de controle biométrico, como propõe Russomanno, a demora deve ser ainda maior, pois há mais chances de o equipamento não funcionar e as filas crescerem.

O candidato também não informou o custo desses aparelhos.

(NANCY DUTRA E DIÓGENES CAMPANHA)

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