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Análise

Sem programas, Russomanno e Serra escapam do risco de gafes na reta final

NELSON DE SÁ
DE SÃO PAULO

O candidato mais atingido pelo cancelamento do debate é Fernando Haddad, para o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, da FGV. Ainda pouco familiar aos eleitores, precisava da exposição não só na Globo, mas na Record, a segunda audiência.

A Record cancelou porque Celso Russomanno não queria e porque a equipe de José Serra se negou a participar das reuniões de organização. Nem o tucano nem Levy Fidelix avalizaram as regras.

Agora a Globo cancela porque Fidelix obteve liminar para participar, o que a rede não aceita. É o mesmo Fidelix que vinha sendo elogiado por Serra em debates anteriores e, segundo a "Veja", procurou Geraldo Alckmin na última semana, para ensaiar apoio ao tucano no segundo turno.

Ainda que Record e Globo mantivessem os programas, a perspectiva de repercussão já seria pequena. Os debates haviam sido programados para começar depois das 23h, com uma audiência mínima.

Mais que o eventual maior reconhecimento de Haddad, o que deixa de acontecer sem os programas é o risco de gafes de Russomanno e Serra.

No Brasil como nos EUA, o efeito maior dos debates de TV é negativo, como aconteceu há seis anos com Lula, que faltou na Globo, foi trocado por cadeira vazia e amargou um segundo turno.

No ano passado nos EUA, o então favorito republicano, Rick Perry, desabou após prometer acabar com três agências estatais, durante um debate, e só se lembrar de duas.

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