Anúncio de Haddad liga candidato do PRB à 'máfia dos fiscais' de Pitta

O candidato a prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) centrou fogo no rival Celso Russomanno (PRB), em queda nas pesquisas, no último dia de veiculação de anúncios eleitorais.

O PT levou ao ar inserção segundo a qual quatro envolvidos na chamada "máfia dos fiscais", durante a gestão Celso Pitta (1997-2000), integram a campanha do PRB.

O esquema consistia na cobrança de propina, por parte de servidores da prefeitura, de construtoras e comerciantes cuja atividade transgredia as leis municipais.

"É, Russomanno, a verdade sempre aparece. Ainda bem que, dessa vez, foi antes da eleição", provoca a peça.

Em outro reclame, os petistas usam a imagem de um taxímetro rodando para ilustrar a proposta do oponente de atrelar a tarifa de ônibus ao trecho percorrido. "Além de ser mais caro para quem mais precisa, acaba com o Bilhete Único", diz a propaganda.

Russomanno reagiu afirmando que vai manter o Bilhete Único, além de reduzir o preço da passagem. "Se o Haddad mente agora, imagina depois", retrucou.

Sua campanha entrou com representação na Justiça contra o PT por causa de um panfleto com críticas à tarifa. Os advogados do PRB alegam que a propaganda é apócrifa.

O PT distribuiu panfletos com teor igual ao daqueles que são contestados, mas os da sigla são assinados. A Justiça negou o pedido de busca e apreensão.

A campanha de José Serra (PSDB) contrapôs o tucano aos três rivais-chave: "O [Gabriel] Chalita [PMBD] está verde, não tem chance. Depois do mensalão, votar no PT, nem pensar. O Russomanno gera dúvida".

Chalita devolveu a estocada. "Serra diz que está maduro, mas está passado."

No último programa dos candidatos a vereador, um ator da campanha de Haddad "invadiu" o segmento do PT com uma fala de pouco mais de 1 minuto em que a palavra "periferia" surgiu quatro vezes. É nas franjas da cidade, redutos petistas históricos, que Russomanno ainda tira votos essenciais para Haddad chegar ao 2º turno.