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PRB cobra ministério maior em troca de apoio de Russomanno

Partido pede ajuda de Lula e avisa que também ouvirá Serra

DE SÃO PAULO

Dono do Ministério da Pesca, o PRB de Celso Russomanno quer cobrar uma pasta de maior orçamento no governo federal em troca do apoio no segundo turno ao candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

O partido tem vaga na Esplanada desde março, quando a presidente Dilma Rousseff deu a Pesca a Marcelo Crivella, senador pelo Rio de Janeiro e bispo licenciado da Igreja Universal.

Agora, seus dirigentes dizem ter conquistado mais peso político e querem usar os 21,6% dos votos válidos de Russomanno para pedir mais espaço em Brasília.

Crivella foi recebido por Dilma ontem, mas não houve acordo, segundo dirigentes do PRB. Para pressionar o Planalto, o partido também abrirá negociação com José Serra (PSDB), adversário de Haddad no segundo turno.

"Vamos conversar com as duas partes", disse o presidente do PRB, Marcos Pereira, que não quis detalhar os termos da negociação ou os cargos que pretende pedir.

Ele afirmou, no entanto, que pretende anunciar sua decisão até amanhã.

O ex-presidente Lula, que lançou a candidatura de Haddad, deve ser acionado para facilitar as negociações do partido com Dilma.

Um ministério visado pelo PRB desde o início do governo é o das Cidades, que está com o PP. A pasta controla programas federais de saneamento e habitação, como o Minha Casa, Minha Vida.

Na primeira tentativa, Dilma disse que o ministério já estava comprometido com outra sigla aliada e desalojou o petista Luiz Sérgio da Pesca para acomodar Crivella.

Um dirigente da campanha de Haddad disse à reportagem considerar a reivindicação justa. Como o PRB não disputa segundo turno em nenhuma cidade importante, ele disse que esta seria a única solução capaz de atrair a legenda em São Paulo.

Marcos Pereira deve se reunir hoje com o presidente do PT, Rui Falcão. Ele não disse com quem conversaria na campanha de Serra.

O PTB, que indicou o vice de Russomanno, foi liberado das negociações. Dirigentes de PT e PRB dão como certo seu apoio a Serra. O líder da sigla no Estado, Campos Machado, é aliado do governador Geraldo Alckmin.

(BMF)

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