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Onde Russomanno encolheu

Extremo leste da capital paulista foi onde o candidato do PRB mais perdeu votos

DE SÃO PAULO

O extremo leste da capital paulista foi a região da cidade em que o candidato derrotado do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, mais perdeu votos no intervalo entre o seu melhor momento nas pesquisas e a eleição de anteontem.

Segundo levantamento do Datafolha divulgado em 20 de setembro, 46% dos eleitores dessa região -chamada pelo instituto de leste 2- indicavam seu voto em Russomanno no primeiro turno.

No domingo, as zonas eleitorais do extremo leste lhe deram somente 24% dos votos.

A diferença de 22 pontos percentuais corresponde a cerca de 270 mil votos perdidos pelo candidato em 15 dias. Os bairros somam cerca de 1,2 milhão de eleitores.

A correspondência entre as duas regiões -a da pesquisa e a da eleição- não é exatamente a mesma, porque a divisão do Datafolha é feita por distritos, e a da Justiça Eleitoral, por zonas eleitorais.

O maior beneficiado da queda de Russomanno nessa região foi o petista Fernando Haddad, que anteontem recebeu 33% dos votos no local, 17 pontos percentuais mais do que apontava a pesquisa do fim de setembro.

Nessa região, José Serra (PSDB) cresceu apenas dois pontos percentuais desde setembro e registrou 14%.

Haddad também foi quem mais se beneficiou com a queda de Russomanno no extremo sul, outra região em que o então líder das pesquisas em setembro despencou.

Nesse intervalo, Russomanno foi de 37% a 21%, uma redução de cerca de 220 mil votos. Haddad cresceu 13 pontos e chegou com 32%. Serra permaneceu com 18%.

Essas duas regiões são as zonas em que o PT registra as melhores votações em eleições municipais desde 2000.

Na reta final da disputa deste ano, o partido focou os dois extremos, fazendo uma série de comícios com a presença de Lula, da presidente Dilma Rousseff e da ministra e ex-prefeita Marta Suplicy.

O partido também focou as periferias ao atacar a proposta de Russomanno de adotar um sistema de cobrança proporcional no transporte público. Distribuiu panfletos afirmando que a medida custaria o emprego dos que moram mais longe do centro.

Já Serra foi o principal beneficiado da queda de Russomanno na zona oeste. O ex-deputado caiu de 29% em setembro para 12% no dia da eleição, perda de 150 mil votos. Nessa região, em que o PSDB concentrou sua campanha na reta final, Serra teve 44%. No Jardim Paulista, chegou a 67%.

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