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Defesa de Dirceu diz que Supremo fez análise 'equivocada'

DE BRASÍLIA

Para a defesa do ex-ministro José Dirceu, o Supremo Tribunal Federal fez "uma análise equivocada" das provas no processo.

"No olhar da defesa, as provas levavam a outro desfecho, à absolvição e ao reconhecimento da inocência de José Dirceu", afirmou o advogado José Luis de Oliveira Lima. Para Lima, a divergência entre juiz e defesa é normal "em um Estado democrático de Direito".

Ele afirmou que vai esperar os dois votos restantes de ministros para saber que atitude tomar e, eventualmente, enviar representações a cortes internacionais.

De acordo com a defesa, após a nomeação para a Casa Civil, Dirceu se afastou da direção do PT e não sabia dos rumos que o partido estava tomando.

Lima argumenta ainda que não ficou provada nenhuma relação próxima entre seu cliente e Marcos Valério, apontado como o operador do esquema.

Já o advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT José Genoino, preferiu não se manifestar: "Ante a perplexidade diante da condenação injusta, hoje a defesa fala através do silêncio".

O aval de Genoino a um empréstimo feito junto ao Banco Rural é uma das principais provas contra ele. Mas, segundo a defesa, o empréstimo era para sanar as contas do partido e o aval de Genoino foi "moral".

"Ele não tem dinheiro, mas era presidente do partido, uma figura de destaque", disse recentemente.

Contatados pela reportagem, os advogados de Delúbio e Marcos Valério não quiseram se manifestar.

A defesa do ex-tesoureiro afirma que os empréstimos contraídos por ele eram para sanar dívidas do próprio PT e de partidos aliados.

Na sustentação oral, o advogado de Delubio chegou a afirmar que "não era difícil" o restante do partido ter conhecimento do dinheiro.

Já a defesa de Valério diz que os empréstimos feitos por ele foram regulares.

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