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Ilustres desconhecidos

'Carminhas' e 'Dilmas' tiveram um desempenho ruim no 1º turno; já os Lulas tiveram melhor sorte nas urnas

ADRIANO BRITO
DE SÃO PAULO

"Dilmas" eram muitas, mas a maioria fracassou. Já os "Lulas" tiveram desempenho razoável só no Legislativo, e os "Obamas", sem exceção, se deram mal no primeiro turno das eleições municipais.

Levantamento feito pela Folha nos dados do TSE mostra que ter um nome de urna famoso -ou peculiar- não basta para ser eleito.

Um dos exemplos é a personagem de TV do momento: a vilã Carminha, da novela Avenida Brasil, da Rede Globo.

Ao todo, 161 xarás dela se candidataram -mais do que as 144 "Dilmas"-, mas apenas cinco se elegeram vereadoras e uma, vice-prefeita.

Outras soluções, como apelidos "animais" ou monossilábicos surtiram melhor efeito: um futuro encontro entre os novos prefeitos paulistas poderá juntar Tatu, Boi, Piriquito e Grilo em uma mesa. E Mi, Pi, Dê e Gi em outra.

O mesmo não ocorrerá com personagens que pipocaram em todos país, como as mulheres Pera, Perereca, Bambu ou Maravilha, ou com os Homens Aranha, de Ferro, Cueca ou Caju. Eleitos, nessa categoria, são coisa rara.

'GUERRA DOS SEXOS'

Os dados do TSE apontam que o avanço no percentual de mulheres eleitas é lento.

No país, 13,3% dos novos vereadores são mulheres. Em 2008, foram 12,53%. A lei determina um mínimo de 30% de candidaturas femininas.

Nas prefeituras, o percentual é ainda menor: nas vitórias do primeiro turno, só 11,85% foram de mulheres.

Nas capitais, apenas Teresa Surita (PMDB) venceu, em Boa Vista. E Vanessa Grazziotin (PC do B), em Manaus, é a única a disputar o segundo turno nesse universo, de 17 cidades.

Entre os partidos, o PSOL desencantou e elegeu prefeito pela primeira vez. Já o PCO, que lançou só 11 postulantes a vereador e cinco a prefeito, saiu com as mãos abanando.

Dilmas

As "Dilmas" se multiplicaram por essas eleições municipais, mas apenas uma delas levou uma prefeitura -a de Belterra (PA); outras seis conseguiram vagas em Câmaras Municipais pelo país, enquanto as demais 137 candidatas xarás da presidente ficaram a ver navios

Carminhas

162 "Carminhas" tentaram se eleger; o resultado, no entanto, foi bem aquém dos conquistados pelas armações da vilã de Adriana Esteves em Avenida Brasil: só cinco serão vereadoras e uma, vice-prefeita

É animal

Em território paulista, os prefeitos Grilo, Boi, Piriquito e Tatu responderão por Saltinho, Cravinhos, Flora Rica e Maracaí, respectivamente

Par ou ímpar?

Bananal (SP) e Balsa Nova (PR) tiveram empate, e o novo prefeito acabou sendo escolhido pela idade: os mais velhos venceram

Fiasco

48 candidatas usaram "mulher" para compor seus nomes na urna -teve a Pera, a Perereca, a Bambu, a Moderna, a Maravilha... mas nenhuma se elegeu

Idade

O prefeito mais jovem do Brasil é Pacheco Neto (PSD), 21, de Chaval (CE); o mais velho, Tião Biazzo (PMDB), 89, vai governar Aguaí (SP) pela sexta vez

Lulas

O êxito dos "Lulas" ficou restrito ao pleito para o Legislativo: de 269 candidatos, três se elegeram prefeitos e 38, vereadores; entre os não eleitos, estão mais de três dezenas de "Lulas" filiados ao PT

Obamas

Certamente o presidente dos Estados Unidos, que tenta se reeleger neste ano, espera ter um resultado melhor que o de seus 'homônimos' tupiniquins; 16 "Obamas" (entre eles quatro "Baracks" e um Barata Obama) não conseguiram nenhuma vaga em Câmaras Municipais

Bola cheia

Washington, ex-atacante do São Paulo, foi o vereador mais votado em Caxias do Sul (RS); já Tupãzinho, ex-Corinthians, terá lugar na Câmara de... Tupã (SP)

Bola murcha

Marcelinho Carioca e Dinei, ex-corintianos, e Ademir da Guia, ídolo palmeirense, fracassaram em São Paulo

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