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Eleições 2012

Ataques marcam volta da campanha à TV

Em SP, José Serra (PSDB) afirma que PT quer eleger Fernando Haddad para esconder condenações do mensalão

Petista levanta dúvidas sobre promessa do rival de ficar os quatro anos no cargo e leva ao ar apoio de Gabriel Chalita

DE SÃO PAULO

O horário eleitoral gratuito voltou ao ar ontem com troca de ataques entre os candidatos a prefeito de São Paulo. Na TV, José Serra (PSDB) abordou o mensalão e falhas do Enem, e Fernando Haddad (PT) explorou a renúncia ao cargo pelo rival.

À tarde, Serra dedicou 1min37s de seus dez minutos de propaganda à condenação de dirigentes do PT pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão. Ele chamou o esquema de "atentado contra o povo".

"O apelido [mensalão] esconde o que de fato aconteceu: desvio de dinheiro público para comprar votos (...), lavagem de dinheiro, formação de quadrilha. Tudo muito grave", disse o tucano.

Sem citar o rival, ele afirmou que o PT quer eleger Haddad para "esconder" o resultado do julgamento. "Eles querem usar a eleição como cortina de fumaça para esconder as condenações."

À noite, Serra e o mensalão saíram de cena. Seu programa utilizou um ator e depoimentos de jovens para criticar a gestão de Haddad no Ministério da Educação, com foco em falhas ocorridas na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio.

A campanha de Haddad exibiu o mesmo programa à tarde e à noite, e atacou Serra com imagens de entrevistas antigas e do horário eleitoral do PSDB. Na primeira, de 2004, o tucano aparece dizendo que governaria São Paulo por quatro anos se fosse eleito prefeito.

Em 30 segundos, o PT mostrou também o papel que Serra assinou, em sabatina da Folha naquele ano, comprometendo-se a cumprir o mandato. Ele renunciou em 2006 para disputar o governo.

Foram exibidas ainda uma entrevista de 2011 em que Serra negou que disputaria a prefeitura novamente e sua promessa, na atual campanha, de "ficar os quatro anos". "Dá pra acreditar?", pergunta o locutor do programa petista.

Os adversários também demonstraram que estão mirando os eleitores de Celso Russomanno (PRB) e Gabriel Chalita (PMDB), terceiro e quarto colocados, respectivamente, no primeiro turno.

Serra destacou ter no segundo turno o apoio do PTB, partido "do vice de Russomanno", e Chalita apareceu abraçando Haddad.

FORA DA TV

Em ato marcado por duras críticas a Haddad, Serra lançou ontem à noite seu programa de governo.

O livreto de 70 páginas é dividido em duas partes. Na primeira, Serra reafirma, entre outras coisas, que cumprirá os quatro anos de mandato.

Na segunda, são apresentadas as propostas, parte delas sem detalhamento nem dotação orçamentária.

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