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Toron critica 'uso partidário' da OAB-SP

Candidato a comandar a Ordem descarta vinculação com PT; presidente licenciado é do PTB e foi vice de Russomanno

Oposicionista defende 'diálogo irmão' com a Defensoria Pública e compara campanha a eleição de governador

GITÂNIO FORTES
DE SÃO PAULO

O advogado criminalista Alberto Toron busca fixar sua chapa à presidência da OAB-SP como principal referência de oposição ao grupo de Luiz Flávio Borges D'Urso. Anteontem, recebeu o apoio de Roberto Podval, que desistiu da candidatura.

A seguir, entrevista de Toron, a segunda da série que a Folha faz com os candidatos à presidência da OAB-SP.

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Folha - Qual é a principal bandeira da sua candidatura?

Alberto Toron - É a valorização da advocacia. Primeiro, pela democratização da OAB-SP. As subseções do interior precisam de autonomia administrativa e financeira. A instituição de dois turnos na votação é outra medida fundamental. A situação ganhou sem ter maioria [em 2009, foi eleita com 36,5% dos votos]. A representação no conselho precisa ser proporcional aos votos nas chapas.

Que tipo de apoio no sentido corporativo a OAB-SP pode prestar aos profissionais?

É fundamental estruturar a Caixa de Assistência ao Advogado. Não há uma cooperativa para que profissionais adquiram bens e serviços. Na minha gestão, haverá atenção à questão previdenciária, na administração dos recursos da carteira dos advogados do Ipesp [Instituto de Previdência do Estado de São Paulo], e à defesa do mercado de trabalho.

Qual a opinião do sr. sobre a Defensoria Pública?

Na questão da assistência judiciária, se estabeleceu um diálogo arrogante. A Defensoria Pública veio para ficar. É necessário um diálogo irmão. Como já disse o ministro Gilmar Mendes [do STF], infelizmente há pobres para todos. Para prestar bons serviços, é essencial revitalizar a ESA [Escola Superior de Advocacia]. Além disso, é preciso melhorar a tabela de honorários, que são parcos.

O sr. já foi filiado ao PT e é advogado do deputado João Paulo Cunha no julgamento do mensalão. Com o sr., a OAB-SP vai se alinhar ao partido?

A Ordem não pode ser usada como trampolim político-partidário. Não tenho aspiração política geral. De jeito nenhum vai haver vinculação com o PT com a minha eleição. Fala uma bobagem muito grande quem diz isso. Há coisas de que gosto muito no PT e outras que critico. Minha trajetória reflete a minha independência. Sou advogado de João Paulo Cunha como sou de outras pessoas.

Qual o custo da campanha?

A disputa pela OAB-SP pode ser comparada a uma minicampanha de governador de Estado. Estimo gastos em R$ 1 milhão. Minha campanha arrecada recursos entre simpatizantes e aqueles que integram a chapa.

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