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OAB-SP tem a opção de uma terceira via, diz candidato

Oposicionista, Ricardo Sayeg rechaça laços político-partidários de rivais

Grupo defende políticas público-privadas como instrumento para o atendimento jurídico da população sem recursos

GITÂNIO FORTES
DE SÃO PAULO

A OAB-SP tem a opção de uma "terceira via suprapartidária" na eleição de 29 de novembro. É o que diz o oposicionista Ricardo Sayeg, 45, um dos quatro candidatos à presidência da entidade.

Os outros são Marcos da Costa, pela situação -o presidente licenciado da entidade é Luiz Flávio D'Urso, filiado ao PTB e vice na chapa de Celso Russomanno à Prefeitura de SP-, e, pela oposição, Rosana Chiavassa e Alberto Toron -apoiado por Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça no governo Lula.

Folha - Qual é a sua bandeira?
Ricardo Sayeg - É preciso reposicionar a OAB-SP como defensora da sociedade. É o que aponta o artigo 44 do nosso estatuto.

Qual a sua avaliação da gestão atual, que tem o mesmo grupo no comando há nove anos?
A gestão atual, ao ostentar uma vinculação político-partidária, mantém a Ordem como feudo. A OAB-SP não pode permitir aparelhamento. Há um permear político em outras candidaturas. Não vou permitir alinhamento com o PTB ou com o PT. A Ordem vai ser suprapartidária.

Qual a sua análise da desistência do candidato Roberto Podval em favor de Toron?
Acho a desistência de Podval um favor. Havia identidade ideológica [os dois são ligados a políticos do PT]. Comparo a situação às eliminatórias da Copa. Há os que, sem condição de compor uma chapa, ficam para trás.

Não é possível unir a oposição?
Há uma dificuldade pelas questões partidárias. O grupo que represento é contra entregar a Ordem para aparelhamento político-partidário.

Por que o sr. se afastou após ser aliado da atual gestão?
Participei até o segundo mandato. Não aceitei a "trieleição" [de D'Urso].

Qual é a sua visão sobre o convênio com a Defensoria?
É preciso atuar contra o gigantismo do Estado. O homem anônimo tem de ser defendido pela advocacia. Defendo o aprimoramento da parceria com o Estado. Os pagamentos aos advogados têm de ser dignos e quitados com brevidade. PPPs [parcerias público-privadas] são o instrumento jurídico para isso.

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