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Candidatos de perfis antagônicos disputam Prefeitura de Fortaleza

Antes desconhecidos, ambos têm, no entanto, propostas parecidas

RAQUEL MAIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FORTALEZA

A eleição em Fortaleza, que decretou o fim de aliança de oito anos entre PT e PSB no Ceará, também opõe candidatos de perfis antagônicos.

As diferenças entre Elmano de Freitas (PT) e Roberto Claudio (PSB) reforçam a polarização da disputa pela prefeitura, já marcada pela briga entre a prefeita Luizianne Lins (PT) e o governador Cid Gomes (PSB), principais fiadores das duas candidaturas.

Elmano, 42, é magro, solteiro e do interior. Prefere cerveja, forró e miúdos de boi. Já Claudio, 37, é da capital, estudou nos EUA, escuta MPB e prepara peixes grelhados.

No futebol o petista é Ceará -o socialista, Fortaleza.

As trajetórias também são distintas. Filiado ao PT há 26 anos, Elmano advogou para movimentos sociais em Brasília e foi secretário de Educação de Luizianne.

Claudio exerceu a medicina por oito meses antes de se eleger deputado, em 2006. Ingressou no PSB em 2009, ganhou a confiança dos irmãos Cid e Ciro Gomes e chegou à Presidência da Assembleia Legislativa em 2010.

Em comum, têm a graduação pela Universidade Federal do Ceará e a condição prévia de desconhecidos do eleitorado, além de residência em áreas nobres da capital.

Sobre os cargos que exerceram, costumam gastar mais tempo explicando problemas.

Elmano exalta ter distribuído um notebook por professor, mas a cidade registrou em 2011 o segundo pior desempenho do Ceará em educação básica, segundo indicador do governo estadual.

Já a presidência de Claudio na Assembleia é mais lembrada -e explorada por rivais- pelo episódio de setembro de 2011 em que docentes em greve e PMs entraram em confronto dentro da Casa. Ele é acusado de ter autorizado a repressão, o que nega.

As propostas não diferem muito. O petista quer dobrar as creches e as equipes de saúde da família. O socialista cita metas para creches e mais unidades de saúde.

Após um primeiro turno apertado -Elmano teve 25%, contra 23% de Claudio-, a campanha do segundo turno acabou se tornando um embate entre os legados das gestões Cid e Luizianne.

Aliados até junho deste ano, os candidatos -empatados tecnicamente, segundo a última pesquisa Datafolha- têm exercitado a nova rivalidade trocando acusações contra gestões que até há pouco defendiam.

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