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Empresas atribuídas a Maluf pagam R$ 450 mil à prefeitura em Jersey Companhias são derrotadas em pedido para enviar ação ao Brasil FLÁVIO FERREIRAEM BRASÍLIA As empresas Durant e Kildare, cuja propriedade é atribuída à família do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), pagaram em juízo 137 mil libras esterlinas -cerca de R$ 450 mil- à Prefeitura de São Paulo no processo que corre na Ilha de Jersey, na Europa. Na ação, a prefeitura busca recuperar US$ 22 milhões supostamente desviados dos cofres municipais com a participação dessas empresas, sediadas no exterior. Os desvios teriam ocorrido entre 1993 e 1996, quando Maluf era prefeito. O valor foi depositado porque as companhias foram derrotadas em um pedido para que a causa fosse enviada ao Brasil, o que no jargão jurídico é chamado de exceção de incompetência. Em julho, a Corte Real de Jersey encerrou as audiências do processo e a decisão é aguardada para sair ainda neste ano. Caberá recurso a uma corte de apelação. A Prefeitura e o Ministério Público de São Paulo sustentam que o dinheiro em Jersey tem como origem desvios que teriam ocorrido durante a construção da avenida Água Espraiada (atual Jornalista Roberto Marinho), uma das principais obras de Maluf. "Esse pagamento ocorreu em razão da tentativa de defender o indefensável. Porque as provas são claríssimas no sentido de que o ex-prefeito enviou uma grande quantia de dinheiro público para o exterior", afirma o promotor do caso, Silvio Marques. Para o procurador-geral do município, Celso Coccaro, foi mais uma vitória da prefeitura. "Eles queriam trazer a ação para o Brasil. Isso mostra que o processo está evoluindo e os incidentes estão sendo superados", diz. Procurada, a assessoria de imprensa do ex-prefeito afirmou que "nem Paulo Maluf nem seu filho Flávio Maluf são parte de qualquer ação movida pela Justiça de Jersey". Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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