Chapas da oposição negociam se unir em eleições da OAB-SP

Os pré-candidatos da oposição indicaram a possibilidade de uma coalizão contra a situação nas próximas eleições da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil - Seção São Paulo), em novembro.

"Como não é possível a eleição em dois turnos, é óbvio que precisamos conversar", disse o advogado Alberto Toron em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ontem para que as chapas apresentassem suas propostas.

Outro pré-candidato de oposição, Ricardo Sayeg afirmou que "o consenso sempre é o melhor caminho". Rosana Chiavassa, também pré-candidata, foi além: "Se não houver união, a situação terá 99% de chance de ganhar".

Nas eleições anteriores da OAB-SP, em 2009, Luiz Flávio D'Urso foi eleito para o terceiro mandato com somente 36,5% dos votos -a eleição tem apenas um turno.

Pré-candidato da situação, o presidente interino da OAB-SP, Marcos da Costa, não foi à Fiesp. Em carta à entidade, disse ter se "surpreendido" com a informação de que "o encontro se transformou em um debate" -definição que constou no fim de um e-mail de divulgação do evento.

Da Costa afirmou estar "à disposição para participar de qualquer debate, desde que as regras sejam discutidas e aprovadas por todas as assessorias" das pré-candidaturas.

"A advocacia paulista vive uma crise de representação. Acho bom filmar a cadeira vazia", disse Sayeg. Da Costa não comentou a crítica -disse, via assessoria, que os argumentos dele estavam na carta enviada para a Fiesp.

Após o evento, os pré-candidatos oposicionistas disseram à Folha que a busca pela união contra a situação ainda estava em andamento.

Há uma semana, o advogado Roberto Podval desistiu de sua pré-candidatura e anunciou apoio a Toron.