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Em Higienópolis, moradores fazem protesto contra a violência

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os cartazes com dizeres como "Você já viveu hoje?" e o som estridente de apitos ditaram o ritmo do ato contra a violência que aconteceu ontem em Higienópolis, no centro de São Paulo.

O local escolhido foi a rua onde a jovem Caroline Silva Lee, 15, morreu há uma semana durante um assalto.

Mais de 50 pessoas participaram. Muitas delas vestiam camisetas com fotos de parentes vítimas de violência.

*Folha*s que criticavam o governador Geraldo Alckmin e o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, foram arrancadas das paredes por uma pessoa que se identificou como da organização.

"Qualquer coisa é motivo para os bandidos matarem", afirmou a publicitária Vitória Freitas, 30, que encabeçou o protesto. Atrás dela uma faixa dizia que Caroline tinha morrido por causa de uma mochila e de um celular.

A mãe da jovem morta se emocionou. "A gente não tem mais liberdade para fazer nada", disse Maria Silva, 40.

"Não quero universidade, nem metrô. Eu quero é viver", disse um funcionário público que preferiu não se identificar.

O ato também ficou marcado por pedidos de mudanças no Código Penal. "Queremos o aumento do período máximo de prisão", disse Roberto Sekiya, 38, da União em Defesa das Vítimas de Violência.

(LILO BARROS)

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