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Mensalão - o julgamento

PT tem de respeitar Supremo, diz Gleisi

Ministra da Casa Civil acha que partido, mesmo discordando do julgamento, não pode atacar a instituição

Em Curitiba, ela deu apoio a Gustavo Fruet, um dos maiores críticos do mensalão quando militava na oposição

NATUZA NERY
ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA
ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA

Vitoriosa com a eleição do ex-tucano Gustavo Fruet (PDT) ao comando de Curitiba, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) disse em entrevista à Folha que o eleitor soube separar o julgamento do mensalão do processo eleitoral e que é preciso respeitar o resultado da ação no Supremo Tribunal Federal.

"Nós podemos gostar ou não de como as coisas se dão, mas nós temos de respeitar resultados e instituições."

A ministra petista fez um balanço da disputa municipal: "Quem apostou contra o PT se decepcionou".

Na capital paranaense, ela e seu marido, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), firmaram uma aliança polêmica, mas conseguiram retornar a Brasília fortalecidos e com o caminho aberto à sucessão ao governo do Estado.

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Folha - A sra. é candidata ao governo em 2014?
Gleisi Hoffmann - A pergunta que não quer calar (risos). Olha, meu projeto pessoal não está à frente do meu compromisso com a presidente Dilma e com país. Meu foco é o trabalho na Casa Civil. Temos outras pessoas dentro e fora do partido com condições de representar esse projeto no Paraná, como [o ex-senador] Osmar Dias (PDT) e o próprio ministro Paulo Bernardo. A vitória do Gustavo traz a mudança e uma bela oportunidade para o PT mostrar a sua forma de fazer governo.

Dilma quer que fique?
Nunca falou comigo ao contrário. Voltar ao Senado é sempre possível, mas isso também cabe à presidente.

Vocês reclamaram de erros nas pesquisas locais.
Respeito as pesquisas e os institutos. Entretanto, alguns acabam tendo resultados muito diferentes da urna, para o bem ou para o mal. Falo também de pesquisas que nos deram muito à frente, mas que estavam erradas. Isso é ruim. Pesquisa, quando traz esses erros tão grandes, acaba sendo usada como instrumento eleitoral e pode intervir na vontade do eleitor.

Doeu apoiar um candidato tão crítico ao PT na época do mensalão?
Foi mais ou menos o que aconteceu com o Eduardo Paes no Rio. Se deu certo lá, por que não daria aqui? Claro que foi difícil, lá também foi.

Apesar da eleição, o PT está vivendo um de seus piores momentos...
Já passamos fase muito mais difícil. Estamos vivendo uma fase muito boa. Governo bem avaliado, que está oferecendo ao povo brasileiro respostas importantes a seus problemas.

O PT está preparando críticas ao Judiciário.
Nós podemos gostar ou não gostar de como as coisas se dão, mas nós temos que respeitar resultados e instituições.

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