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Suplicy deixa disputa e dá apoio a Haddad

Ministro da Educação tem agora apenas dois concorrentes, que também devem desistir

RODRIGO VIZEU, DE SÃO PAULO

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou ontem que desistiu de concorrer à candidatura do PT à Prefeitura de São Paulo e declarou apoio ao ministro Fernando Haddad (Educação).

Haddad, que se registrou ontem para disputar as prévias do partido, é o preferido da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.

Em encontro de pré-candidatos na zona leste, Suplicy disse que decidiu abrir mão da disputa porque Haddad prometeu incorporar a seu programa de governo a Renda Básica de Cidadania, principal proposta do senador.

Após receber o apoio, Haddad disse apenas que o programa Brasil Sem Miséria, do governo federal, já tem "todo um programa de redistribuição de renda".

Suplicy afirmou ainda que interlocutores de Haddad o procuraram e argumentaram sobre a importância de ele continuar no Senado.

Além disso, o senador estava com dificuldades de reunir as pouco mais de 3.000 assinaturas necessárias para se registrar nas prévias. Ontem, ele disse não saber quantas havia angariado.

A desistência de Suplicy reduz para três a lista de pré-candidatos. Além de Haddad, que afirma ter reunido quase 20 mil apoios, está registrado na disputa o deputado federal Carlos Zarattini. O também federal Jilmar Tatto prometeu oficializar a pré-candidatura hoje.

Haddad, que tem trabalhado nos bastidores para evitar a eleição interna, marcada para daqui a 20 dias, insistiu em seu discurso a intenção de acolher propostas de Tatto e Zarattini.

Os dois deputados disseram que ouvem muitos apelos contra as prévias.

"Não é fácil disputar prévias no PT. O que tem de gente buzinando na sua orelha para você não disputar...", disse Tatto.

Sem citar Lula e Dilma, o deputado disse que "quem decide no PT são os filiados" e que "as pessoas passam, mas o partido fica".

Haddad já havia recebido anteontem apoio de aliados da senadora Marta Suplicy, que deixou a disputa na semana passada a pedido de Dilma e Lula.

Agora, o ministro vai pedir apoio direto a Marta nos próximos dias.

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