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Até Lula, fiscalização não tinha autonomia, diz Gilberto Carvalho

Ex-presidente Fernando Henrique afirma que críticas de ministro são 'levianas'

DE BRASÍLIA

Em meio ao desenrolar das investigações da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) disse ontem que os órgãos de fiscalização nunca tiveram tanta autonomia. Segundo ele, isso só ocorreu com a chegada do ex-presidente Lula ao poder.

"Quero insistir nisso, não é uma autonomia que nasceu do nada, porque antes não havia essa autonomia. Nos governos Fernando Henrique [Cardoso] não havia autonomia, agora há autonomia, inclusive quando cortam na nossa própria carne", disse.

De passagem por Brasília, o ex-presidente Fernando Henrique (PSDB) chamou as críticas de "levianas".

"Tenho 81 anos, mas tenho memória. Esse senhor precisa pelo menos respeitar o passado, até o dele, para não continuar dizendo coisas levianas. Estou cansado de ouvir leviandades [...] Aproveita posição do governo para jogar pedra no passado. Herança maldita está aí, recebida pela presidente Dilma", afirmou.

EXCEÇÃO

O presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, afirmou ontem que o escândalo envolvendo Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, é uma exceção: "São exceções que têm ocorrido no PT, que não envolvem nossa estrutura partidária", disse.

Rose, como é conhecida, é suspeita de usar sua sua proximidade com Lula para fazer de tráfico de influência. Ela foi exonerada do cargo.

"Lamentamos que alguém que estava num posto de representação federal possa ter cometido os fatos revelados pela imprensa a partir da investigação da Polícia Federal. O PT não compactua com isso", acrescentou.

Falcão negou que o escândalo possa prejudicar a imagem de Lula. "A imagem do presidente Lula está muito associada às transformações ocorridas nos últimos dez anos no país", disse, afirmando desconhecer a relação de intimidade entre eles.

O petista também falou sobre Paulo Vieira, o ex-diretor da Agência Nacional de Águas investigado na operação. Segundo ele, Vieira poderá ser expulso do PT após a confirmação das denúncias.

FORO PRIVILEGIADO

Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a operação Porto Seguro mostra que "ninguém em nenhum lugar está a salvo da Justiça". Ele afirmou, porém, que ainda não analisou as informações sobre a operação, pois estava fora do país.

Caberá a Gurgel analisar se há indícios da participação de personagens com prerrogativa de foro privilegiado, como deputados ou ministros.

Entre os possíveis processados no STF (Supremo Tribunal Federal) estão o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro.


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