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Lupi diz amar Dilma e acusa imprensa de tentar tirá-lo

Ministro faz afago a presidente após ser enquadrado pelo Planalto

Na Câmara, ele acusa a mídia de promover 'bolsa de apostas' para tentar adivinhar o próximo ministro a cair

ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
Sérgio Lima/Folhapress
Ministro Carlos Lupi (Trabalho) fala na Câmara dos Deputados sobre acusações contra ele
Ministro Carlos Lupi (Trabalho) fala na Câmara dos Deputados sobre acusações contra ele

Um dia após dizer que não teve intenção de afrontar a presidente Dilma Rousseff ao falar que só deixava o cargo "a bala", Carlos Lupi (Trabalho) foi além ontem: "Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi a minha intenção: eu te amo", declarou em evento na Câmara.

Lupi se retratou após ter sido "enquadrado" anteontem pelo Palácio do Planalto, que tinha avaliado a declaração dele sobre a permanência no cargo como uma ameaça.

"São 200 [jornalistas] dando tiro na gente. Eu falei nesse sentido, nunca desafiando", justificou.

Ele disse que se sente em um "tribunal de inquisição" e criticou a cobertura da imprensa nas crises que levaram à queda de cinco ministros desde o começo do ano. Lupi considerou "injusta" a demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva.

"Hoje, a bolsa de apostas da mídia é saber quem vai ser o próximo. Quando se começa atirar em um soldado do Exército é para atingir o general", afirmou.

O ministro disse ainda que tentam derrubá-lo desde que assumiu o cargo, em 2007, mas disse não temer ser o próximo ministro a cair. "Eu vou mostrar para vocês que é possível a mídia errar, vou mostrar que, com o erro, vocês terão de dar espaço para defender a honra das pessoas".

O ministro foi à Câmara após reportagem da "Veja" relatar que servidores e ex-servidores do Ministério do Trabalho cobrariam propinas para liberar recursos a ONGs.

Lupi foi ouvido em uma sessão esvaziada e, ao final, foi criticado até pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para quem o ministro deveria falar "um pouco menos".

Colaborou MARIA CLARA CABRAL, de Brasília

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