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Lupi diz amar Dilma e acusa imprensa de tentar tirá-lo Ministro faz afago a presidente após ser enquadrado pelo Planalto Na Câmara, ele acusa a mídia de promover 'bolsa de apostas' para tentar adivinhar o próximo ministro a cair ANDRÉIA SADIDE BRASÍLIA
Um dia após dizer que não teve intenção de afrontar a presidente Dilma Rousseff ao falar que só deixava o cargo "a bala", Carlos Lupi (Trabalho) foi além ontem: "Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi a minha intenção: eu te amo", declarou em evento na Câmara. Lupi se retratou após ter sido "enquadrado" anteontem pelo Palácio do Planalto, que tinha avaliado a declaração dele sobre a permanência no cargo como uma ameaça. "São 200 [jornalistas] dando tiro na gente. Eu falei nesse sentido, nunca desafiando", justificou. Ele disse que se sente em um "tribunal de inquisição" e criticou a cobertura da imprensa nas crises que levaram à queda de cinco ministros desde o começo do ano. Lupi considerou "injusta" a demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva. "Hoje, a bolsa de apostas da mídia é saber quem vai ser o próximo. Quando se começa atirar em um soldado do Exército é para atingir o general", afirmou. O ministro disse ainda que tentam derrubá-lo desde que assumiu o cargo, em 2007, mas disse não temer ser o próximo ministro a cair. "Eu vou mostrar para vocês que é possível a mídia errar, vou mostrar que, com o erro, vocês terão de dar espaço para defender a honra das pessoas". O ministro foi à Câmara após reportagem da "Veja" relatar que servidores e ex-servidores do Ministério do Trabalho cobrariam propinas para liberar recursos a ONGs. Lupi foi ouvido em uma sessão esvaziada e, ao final, foi criticado até pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para quem o ministro deveria falar "um pouco menos". Colaborou MARIA CLARA CABRAL, de Brasília Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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