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Governo vai dobrar efetivo de força-tarefa em área de conflito

Decisão foi tomada após confrontos e bloqueios em estradas em MT

DANIEL CARVALHO ENVIADO ESPECIAL A MATO GROSSO

O governo federal vai dobrar o efetivo da força-tarefa de segurança que cumpre determinação da Justiça Federal e retira famílias de não índios daquela que foi reconhecida como a terra indígena xavante Marãiwatsédé, no nordeste de Mato Grosso.

Alegando questão de segurança, a Secretaria-Geral da Presidência não informou quantos policiais federais, rodoviários federais e homens da Força Nacional estão no local até agora.

Desde segunda-feira, 26 fazendas foram alvo da ação. Em resposta, manifestantes fizeram bloqueios que paralisaram vários trechos da BR-158. Houve confronto entre posseiros e policiais no primeiro dia de operação.

No fim da semana passada, manifestantes passaram a usar tática de guerrilha: armaram uma emboscada frustrada para os agentes de segurança e são suspeitos de fazer uma armadilha para os caminhoneiros que estavam presos num dos pontos de interdição havia quatro dias.

Os posseiros culpam os índios pela sabotagem.

Os pequenos posseiros dizem não ter para onde ir. Muitos ocupam a área desde 1992. A terra indígena foi homologada em 1998 pelo então presidente Fernando Henrique. Em novembro deste ano, as famílias foram notificadas pela Justiça, que deu 30 dias para que deixassem a área de 165 mil hectares.

Os posseiros dizem que a Funai (Fundação Nacional do Índio) errou propositalmente a demarcação de Marãiwatsédé para encobrir uma falha do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). A fundação nega.

Pelo planejamento inicial do governo, as 31 grandes propriedades seriam as primeiras a ser desocupadas. Agora, segundo a Secretaria-Geral da Presidência, o roteiro não está mais sendo seguido para evitar confrontos.


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