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Prévia seria 'apenas protocolar', diz ministro

Petista afirma que já tinha maioria e defende retirada de policiais militares da USP

DE SÃO PAULO

Leia trechos da entrevista de Fernando Haddad à Folha, antes do ato petista. (BMF)

Folha - O PT sai rachado após o enterro das prévias?
Fernando Haddad - O partido nunca esteve tão bem internamente. O que se fez foi uma contabilidade e uma avaliação política.

Consultar os filiados já foi motivo de orgulho. O PT ficou igual aos outros partidos?
Ficou nítida a constituição da maioria. As prévias seriam um expediente apenas protocolar, de mera contabilização do que já estava dado. Isso daria um caráter apenas formal às prévias, fora o dispêndio de energia e tempo.
Petistas falam em recompensar Jilmar Tatto e Carlos Zarattini pela desistência. Houve uma troca por cargos?
Eles mostraram força e se projetaram. Os dois reconheceram a maioria, e é correto o partido reconhecer que fizeram bom papel. Não havia como estabelecer esse tipo de acordo, mas a mera sinalização de que são vistos como lideranças emergentes é justa.

Os rivais tentarão apresentá-lo como inexperiente, fantoche do ex-presidente Lula...
A oposição está presa ao modelo político tradicional. O país deseja pluralidade. Quem engessa o estereótipo do político afasta pessoas que gostariam de colaborar.

O PT enfrenta muita resistência em SP. Como vencê-la?
Temos uma cota de responsabilidade. Precisamos nos apresentar à cidade de forma inovadora. Expressar desejo de mudança e trazer programas do governo Dilma para o plano local.

Com quem fará suas alianças?
A base do governo Dilma é a forma que se pretende dar aqui, na medida do possível. Há partidos que pretendem apresentar candidatos, o que é legítimo. Mas é natural que a conversa se estabeleça.

Gabriel Chalita (PMDB) pode ser vice ou sucedê-lo no MEC?
Isso não está em pauta. Trata-se de um amigo, com pretensões legítimas. Estamos conversando. Hoje começa um novo capítulo dessa novela. Sempre respeitando nosso parceiro, mas mantendo o diálogo que produziu bons resultados até aqui. Já tivemos cinco pré-candidatos no PT. É importante buscar energia e força naqueles que compartilham ideais com você.

Por que o sr. defende que a PM deixe o campus da USP?
O campus deve ter uma segurança própria e capacitada. A comunidade acadêmica tem caráter "sui generis". O policiamento ostensivo tem outras prioridades.

Isso é um privilégio aos usuários de maconha no campus?
A orientação de tratar a questão como problema de saúde pública é correta. O estudante da USP, neste sentido, não pode ser tratado como cidadão de segunda classe, como aconteceu.

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