Outro lado

Partido não teve influência no contrato, diz ONG

DE BRASÍLIA

A Adrvale diz que o atual presidente é filiado ao PDT, mas isso não influencia nas escolhas da entidade ou na contratação de empresas.
"A participação [do presidente] na Adrvale se deve ao fato de ter sido secretário de Turismo da Prefeitura de Brusque (em gestão de prefeito do PFL) e membro do conselho consultivo", diz nota: "Os dois primeiros presidentes foram empresários", e nenhum deles era do PDT.
A Adrvale diz ter enviado à CGU documentos que comprovam as despesas: "A prestação de contas detalhada, com todas as cópias de cheque, notas fiscais e recibos, foi enviada ao Ministério do Trabalho, dentro do prazo".
Filiado ao PDT e dono de empresa que recebeu R$ 15,9 mil da Adrvale, Alsari Balbinot diz que sua contratação não teve relação partidária. "A gente também presta serviços para iniciativa privada."
Ele diz que prestou os serviços contratados, ao contrário do que afirma a CGU: "Eles [Adrvale] tinham uma necessidade na época, e nós fizemos algumas coisas básicas".
A Folha deixou recados na casa e no escritório de Danilo Moritz, mas ele não ligou até a conclusão desta edição.
O Trabalho diz que o convênio foi assinado após seleção com chamada pública, com a escolha da entidade com maior capacidade técnica, "não sendo avaliadas por este ministério questões partidárias". Segundo a pasta, foram feitos dois "monitoramentos" que não encontraram irregularidades.