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Grupo pró-divisão do Pará aposta em TV para virar

Segundo Datafolha, 58% dos eleitores do Estado rejeitam emancipação

Favoráveis à separação lembram que, em 2005, campanha contra o desarmamento saiu atrás, mas foi vitoriosa

GUSTAVO HENNEMANN
DE SÃO PAULO

As frentes favoráveis à divisão do Pará -possibilidade rejeitada por 58% dos eleitores do Estado, segundo pesquisa do Datafolha- dizem acreditar em uma "virada" semelhante a que ocorreu no referendo do desarmamento, em 2005.
A pesquisa, divulgada anteontem, aponta que 33% votariam a favor da divisão, que resultaria na criação dos Estados do Tapajós e do Carajás. Os demais disseram não saber como irão votar no plebiscito de 11 de dezembro.
Segundo os líderes dos grupos que defendem a criação do Tapajós e do Carajás, a campanha no rádio e na TV, que começou anteontem, deve favorecê-los.
"Até agora, só havia espaço para os argumentos contrários à divisão, porque os grandes jornais de Belém e a imprensa da capital são contra", diz o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT), vice-presidente da Frente Pró-Estado de Carajás.
Conforme o Datafolha, na região de Belém, 80% são contra a criação de Carajás e 77% são contra Tapajós. Já no Carajás e no Tapajós, 84% e 77%, respectivamente, querem a emancipação.
"Achei espetacular a nossa arrancada. Se comparar com a campanha do ['não' ao] desarmamento, nós estamos muito bem colocados e com chances de virada", diz o deputado federal Lira Maia (DEM), presidente da Frente Pró-Estado de Tapajós.
Antes do início da campanha do referendo do desarmamento, cerca de 80% dos brasileiros se diziam contrários à venda de armas. No entanto, os eleitores decidiram manter a venda de armas.
O deputado estadual Celso Sabino (PR), que preside a frente contrária à criação do Tapajós, diz que a vantagem apontada pela pesquisa já era esperada e deve ser ampliada até o dia do plebiscito.
"Na campanha de rádio e TV teremos espaço para desmontar os argumentos infundados dos separatistas, que divulgam supostas vantagens que viriam de repasses da União, mas que são irreais", diz Sabino.
O resultado do plebiscito está nas mãos da região metropolitana de Belém e dos municípios que formariam o Pará remanescente, onde estão 64% da população.

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