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Após 15 anos, OAB nacional tem disputa por sua presidência

No dia 31, 81 dos 750 mil advogados vão escolher conselho dos próximos três anos

GITÂNIO FORTES DE SÃO PAULO

Pela primeira vez em 15 anos haverá disputa pela diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A eleição será no dia 31, em Brasília.

Há dois candidatos ao cargo de presidente para os próximos três anos. Um é Marcus Vinicius Furtado Coêlho, 40, conselheiro federal pelo Piauí e secretário-geral da OAB. O outro é o paranaense Alberto de Paula Machado, 51, vice-presidente da diretoria.

Eleições para a OAB federal são menos dinâmicas que as disputas regionais. Diferentemente das seccionais, não existe voto direto para o Conselho Federal.

As eleições de cada OAB dos 26 Estados e do Distrito Federal no fim do ano passado apontaram o colégio eleitoral do próximo dia 31. Cada Unidade da Federação tem direito a três conselheiros.

Serão esses 81 eleitores -do total de 750 mil advogados- que, por voto secreto, vão escolher entre as chapas de Machado e de Coêlho.

Os dois candidatos representam continuidade em relação à gestão de Ophir Cavalcante e têm opinião parecida em vários assuntos.

Defendem, por exemplo, o fim do financiamento de campanhas por empresas privadas e atribuem aos tribunais a responsabilidade pela morosidade do Judiciário.

O fim da rotina de chapa única ocorreu por divergência política. Coêlho tentou consenso preservando a tradição de ter representantes de cada região nos cinco cargos da diretoria.

Ele, porém, não obteve apoio irrestrito. Pelo Sudeste, em vez de alguém de São Paulo, que representa 40% da advocacia brasileira, indicou nome do Rio de Janeiro.

A OAB-SP retirou o apoio. A OAB-PI, base de Coêlho, afirmou que outros Estados do Sudeste consideraram salutar um "rodízio" na região.

O ex-presidente da OAB Roberto Busato, representante do Paraná, apoiou São Paulo e afirmou observar "táticas da política geral" na articulação encabeçada por Coêlho.

No dia 31 passado, data-limite para inscrição, Machado apresentou sua chapa.

Coêlho minimiza a insatisfação: "A inscrição de duas chapas é própria do sistema democrático". Para Machado, é "no embate de ideias que a entidade cresce".


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