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Empresa é que deve falar sobre suspeitas, diz favorito à Câmara

Alves diz que emendas a ex-assessor é assunto resolvido

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CAMPO GRANDE DE BELO HORIZONTE DE BRASÍLIA

O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) disse ontem que a empresa de seu ex-assessor é que deve responder sobre as suspeitas em contratos obtidos a partir de recursos destinados por emendas do parlamentar.

A Folha mostrou que a Bonacci Engenharia tem endereço em casa sem identificação em Natal, com um bode "guardando" a entrada.

Ela tem como sócio Aluizio Dutra de Almeida, que deixou a assessoria do deputado nesta semana, depois de a Folha revelar que ela recebeu recursos de emendas do próprio Henrique Alves.

"Como vou responder [se é uma empresa de fachada]? Não sou eu que respondo", disse ele ontem, em Belo Horizonte, onde foi recebido pelo governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB).

O peemedebista é favorito para assumir a presidência da Câmara no mês que vem.

A empresa do ex-assessor do deputado assinou, por meio de convênios federais, ao menos R$ 6 milhões em contratos com prefeituras do Rio Grande do Norte, para serviços como construção de casas e pavimentação de vias.

Além de recursos obtidos a partir de emendas de Alves, ela também recebeu dos cofres de um órgão federal controlado pelo peemedebista.

A CGU (Controladoria Geral da União) apontou irregularidades em obras da Bonacci. O deputado procurou se dissociar das suspeitas.

"[É a] empresa que vai responder, não sou eu", disse Alves, que, além de Minas, também esteve em Campo Grande, como parte do roteiro de visitas de sua campanha para presidir a Câmara.

"É um questionamento que eu esclareci. Da minha parte, o que me compete eu falei. Esse assunto está resolvido", afirmou Alves, ao comentar sobre suspeitas envolvendo a empresa do ex-assessor.

"Essa é minha parte [buscar recursos]. Agora, a partir daí, a partir da licitação, da liberação [de recursos], da tomada de preços, é fiscalização, é Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas, órgãos públicos. É tarefa deles, minha parte está cumprida, que eles cumpram exemplarmente a deles como eu cumpro a minha", declarou.

Integrantes do governo dizem que a candidatura de Henrique Alves está de pé.

As suspeitas foram tratadas em encontro nesta semana entre a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, padrinho político de Henrique. O deputado recebeu ontem apoio de integrantes da cúpula de seu partido.

"Acho que as denúncias são por ocasião da eleição. Você acha que o Henrique ia se preocupar em ganhar algo com uma emendinha de R$ 200 mil?", afirmou o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que disputa internamente a indicação para a liderança do partido Câmara, hoje ocupada por Henrique Alves.

Adversário de Mabel pelo comando do partido na Casa, o deputado Eduardo Cunha (RJ) também defendeu Alves.

"A campanha não sofrerá abalo porque são denúncias respondíveis", afirmou.

O líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), também declarou que a bancada do partido está unida para elegê-lo.

"Nossa posição não está personificada em Henrique, mas no entendimento do partido de votar no candidato oficial do PMDB", disse.


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