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Aécio ataca Dilma e diz que Brasil 'parou'

Virtual candidato tucano em 2014 lista 'fracassos' do PT, cita mensalão e diz que 'lógica da reeleição' governa o país

No dia da celebração dos dez anos do PT no poder, senador diz que presidente está longe de cumprir promessas

DE BRASÍLIA

No dia em que o PT fez um evento para comemorar dez anos à frente do governo federal, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi à tribuna do Senado para listar o que chamou de "13 fracassos" do partido da presidente Dilma Rousseff e para dizer que "quem governa hoje o país é a lógica da reeleição".

Virtual candidato do PSDB à Presidência, Aécio deflagrou a campanha eleitoral da oposição para 2014 com ataques diretamente a Dilma.

Segundo ele, "não é mais a presidente quem governa", mas "a lógica da reeleição".

Foi um das críticas mais duras dele à petista -num momento em que tucanos articulam oficializar seu nome ainda em 2013 para enfrentar Dilma no ano que vem.

O senador também acusou a presidente de chegar à metade de seu mandato "longe de cumprir as promessas de 2010". "O Brasil parou. Os pilares da economia estão em deterioração", afirmou.

Aécio aproveitou para criticar a cartilha editada pelo PT para o evento de ontem -ela classifica como "desastre neoliberal" a gestão FHC.

Em discurso lido, destacou entre os "fracassos" do PT o baixo crescimento do país sob Dilma -que pode ser ameaça à popularidade do governo, que mantém aprovação superior a 60%.

O tucano disse que o "Brasil não foi descoberto em 2003", quando Lula tomou posse, e que o PT teve resultados positivos devido a contribuições anteriores. "A grande verdade é, nestes dez anos, o PT está exaurindo a herança bendita que o governo Fernando Henrique lhe legou".

Aécio listou como um dos "fracassos" do PT o que chamou de "conivência com maus exemplos". E relembrou o mensalão, fazendo referência à presença de condenados pelo escândalo na festa petista de ontem. "Qual o PT que celebra aniversário hoje? O que fez da ética sua principal bandeira eleitoral ou o que defende em praça pública os réus do mensalão?", questionou.

Aécio citou também o sucateamento de indústrias, a paralisia de obras e "colapsos" na educação, saúde e segurança. "Todas as vezes em que o PT teve que optar entre o Brasil e o PT, o PT ficou com o PT."

O tucano acusou ainda o PT de estimular a "intolerância" e o "autoritarismo", inclusive nos atos contra a blogueira cubana Yoani Sánchez. "Tratam adversário como inimigo a ser abatido. Tentam, e já tentaram, cercear a liberdade de imprensa."

Parlamentares do PSDB compareceram em peso ao plenário para apoiar o tucano.

Para rebatê-lo, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o tucano não mencionou as palavras "povo, pessoas, gente, emprego, miséria". "Acho que Vossa Excelência não constrói um discurso competitivo para quem é candidato", alfinetou. Aécio negou já ser candidato.

Outros senadores tentaram participar do debate, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), interrompeu a fala de Aécio alegando que ele tinha extrapolado o tempo. O tucano já havia deixado o plenário quando o líder do PT, Wellington Dias (PI), subiu à tribuna para listar "45 sucessos" petistas.


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