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Mercado em cima da hora

Teles usam Firefox contra Apple e Samsung

Na disputa com iOS e Android, grandes operadoras se unem à Mozilla em novo sistema operacional para smartphones

Brasil será um dos primeiros países a receber aparelhos com Firefox OS, que estreará no meio do ano

ROBERTO DIAS ENVIADO ESPECIAL A BARCELONA

A Mozilla se uniu a algumas das maiores empresas de telecomunicações do mundo e acirrou a guerra contra os dois atores que dominam o mercado mundial de smartphones: Google e Apple.

Ela apresentou ontem o Firefox OS, sistema operacional para celulares inteligentes que estreará no meio do ano. O Brasil está entre os primeiros países a recebê-lo.

O Firefox irá competir num mercado concentrado em dois outros sistemas: o Android, do Google, que domina 75% dos aparelhos, e o iOS (Apple), que fica com 15%.

Para isso, a Mozilla reuniu o apoio de 18 operadoras (como Telefónica, Telecom Italia e Deutsche Telekom) e de grandes produtores de aparelhos (ZTE, Huwaei e LG) e componentes (Qualcomm).

A união é compreensível, dado o mapa da guerra. Só agrupadas é que as 18 teles envolvidas conseguem encostar nos US$ 546 bilhões registrados como valor de mercado da Apple no Global 2000, ranking da "Forbes".

Conceitualmente, o Firefox vai em caminho distinto do trilhado pelo Android e pelo iOS, que funcionam num modelo de aplicativos disponíveis nas lojas exclusivas.

O usuário do novo sistema poderá baixar programas tanto da loja da Mozilla como nos sites de desenvolvedores.

O Firefox está baseado em tecnologia HTML5, uma evolução dos protocolos usados na internet usual. Com isso, programas e conteúdos podem ser desenvolvidos livremente, sem depender da aprovação de alguma empresa para ir ao ar, e estarão integrados aos buscadores usuais (como Google e Yahoo!).

Por outro lado, um dos desafios para o HTML5 é reduzir as vantagens técnicas que Google e Apple guardam para seus próprios sistemas (chamados de "nativos") nos celulares com Android e iOS.

"Queremos que os desenvolvedores tenham acesso a todas as funcionalidades dos aparelhos", disse Paul Jacobs, presidente da Qualcomm.

ATAQUES

A apresentação do sistema reuniu os presidentes das principais empresas envolvidas e foi feita na véspera da abertura do Mobile World Congress, maior feira do mundo no setor, em Barcelona. O evento teve uma série de ataques nada disfarçados ao Google e à Apple.

"A internet não deve ser controlada por ninguém, nunca", disse Gary Kovacs, presidente da Mozilla, empresa controlada por um fundação (sem fins lucrativos).

Entre os ausentes do tiroteio, ficaram empresas que têm se beneficiado do Android (caso da Samsung) ou que ainda buscam outros modelos para sobreviver (caso da Nokia, com o Windows 8, e da BlackBerry, que lançou recentemente seu novo sistema).

A Telefónica, que trará o sistema ao Brasil com sua operadora Vivo, apontou o caminho que deverá trilhar para ganhar mercado: focar smartphones mais baratos.

"O Firefox representa a chance de fazer com que alguns dos consumidores da Telefónica tenham um smartphone pela primeira vez", disse o presidente da empresa espanhola, César Alierta.


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