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Alckmin inicia minirreforma do secretariado

Governador quer oferecer pasta para atrair o PDT de Paulinho para a sua base de apoio

FÁBIO ZAMBELI
DO PAINEL
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deu ontem a largada na minirreforma que pretende promover em seu secretariado até abril de 2012.
O pacote de mudanças no primeiro escalão foi precipitado pela saída, a pedido, de Emanuel Fernandes da Secretaria de Planejamento.
Em seu lugar assume Julio Semeghini, presidente do
PSDB paulistano e atual titular da Gestão Pública, pasta que, até o fim de uma costura política, ficará nas mãos de Cibele Franzese, hoje secretária-adjunta.
A Secretaria de Gestão será usada por Alckmin para atrair o PDT para seu arco de alianças no Estado. O governador tem conversado com o presidente do partido em São Paulo, o deputado federal Paulo Pereira da Silva.
Dirigente da Força Sindical, Paulinho levou à mesa do governador o nome do deputado federal João Dado (PDT-SP), natural de Votuporanga.
Mas as tratativas devem aguardar o desfecho do destino do ministro Carlos Lupi (Trabalho) -que atravessa uma crise na Esplanada dos Ministérios- para serem concluídas em São Paulo.
Dado também é lembrado para a sucessão de Lupi, caso o ministro não resista às acusações contra sua gestão.
A Secretaria de Gestão deverá ser lipoaspirada até março, perdendo vitrines como o Detran e o Poupatempo para ser entregue ao PDT.
No próximo ano, o governador poderá fazer ajustes em pelo menos mais três pastas.
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Paulo Alexandre Barbosa, se desincompatibilizará para disputar a Prefeitura de Santos (SP) pelo PSDB.

PSB E PSD
Há também a possibilidade de o atual secretário de Turismo, Márcio França (PSB), retornar para Brasília, caso não prosperem as tratativas entre o governador e o prefeito Gilberto Kassab para montagem de ampla coalizão com vistas à eleição paulistana.
Deputado federal, França é peça central da articulação entre a direção nacional de seu partido e o PSD de Kassab. As duas siglas agem em bloco no Congresso e pavimentam estratégia nacional para 2014. França, experiente na Câmara, é favorito para conduzir esse processo.
A terceira troca dependerá do desfecho da disputa pela candidatura tucana à prefeitura da capital.
Se um dos três secretários que se colocaram como pré-candidatos do PSDB à sucessão de Kassab vencer as prévias será obrigado a deixar o governo para a campanha.
Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) se preparam para essa disputa, marcada, inicialmente, para janeiro. O Bandeirantes prefere que a consulta ocorra em março.

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