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PSC decide manter Feliciano na presidência de comissão

Parte da bancada do partido se reuniu ontem; manifestantes fizeram novo ato

Na primeira reunião à frente da Comissão de Direitos Humanos, pastor vai retirar temas polêmicos da pauta

DE BRASÍLIA

Depois de sofrer pressões de políticos e de movimentos sociais, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) disse que fica na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara atendendo a um pedido de seu partido.

"Meu partido pediu que eu ficasse, então eu fico", disse Feliciano que anunciou que fará um pronunciamento hoje na reunião da comissão, a primeira dele na presidência.

O deputado foi alvo ontem de manifestantes que protestaram nos corredores da Câmara e em frente ao Congresso Nacional. O ato foi convocado pelas redes sociais.

Já congressistas opositores do pastor protocolaram no Supremo Tribunal Federal mandado de segurança em que pedem a anulação da eleição de Feliciano. Afirmam que a votação, a portas fechadas, não teve aval de todos os integrantes da comissão.

Parte dos integrantes da bancada do PSC se reuniu ontem e decidiu que não iria rever a indicação do pastor.

A Folha apurou que parlamentares do PSC temem pelo ônus que a indicação de Feliciano possa trazer para a imagem do partido. Internamente, embora não tenham pedido a saída do deputado, questionaram o pastor sobre o "custo pessoal" de seu cargo e se ele estaria preparado para lidar com o desgaste.

Integrantes de outros partidos disseram estar preocupados com a crise e levaram ao líder do PSC, deputado André Moura (SE), queixas de "constrangimento" devido à má recepção a Feliciano.

Líder do governo na Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), considerou que não seria prudente a permanência de Feliciano, mas que a decisão deveria ser da bancada do PSC. "Não é prudente, não entendo que deva continuar", afirmou.

"Cabe ao líder do partido trazer uma tentativa de solução para esse impasse", afirmou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). "Cada cão que lamba a sua ferida", disse o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), ao responder que não iria se meter no debate.

A comissão faz hoje a primeira reunião sob o comando do pastor. Feliciano tirou da pauta propostas polêmicas, como a que previa um plebiscito sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo.

A nova pauta traz parte dos requerimentos do próprio pastor, como os que preveem audiências públicas para debater temas como a situação de moradores de rua, a exploração sexual de crianças e a inclusão no mercado de trabalho.


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