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Aécio fala em rever modelo petista para petróleo do pré-sal

Senador tucano diz que Petrobras não tem fôlego para realizar investimentos exigidos no regime de partilha

Fim da obrigatoriedade da participação da estatal abriria espaço para grupos privados e estrangeiros

DE BRASÍLIA

Em ato político organizado pelo PSDB para criticar a gestão da Petrobras nos governos petistas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu ontem mudanças no modelo adotado para explorar as reservas de petróleo do pré-sal.

Provável candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2014, Aécio defendeu a volta do modelo posto em prática pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ele considera "muito mais eficiente".

Em 1997, os tucanos adotaram o regime de concessão para a exploração de petróleo no país, obrigando a Petrobras a competir com empresas privadas nacionais e grupos estrangeiros para ter acesso a novas reservas.

O PT manteve esse sistema, mas em 2010 o ex-presidente Lula propôs um novo modelo, para ampliar o controle do governo sobre as novas descobertas do pré-sal.

O regime defendido pelos petistas, chamado de partilha, permite que o governo fique com a maior parte dos lucros obtidos com o petróleo e torna obrigatória a participação da Petrobras na exploração de todos os campos.

Nenhum leilão para a exploração do pré-sal foi realizado desde a mudança das regras, e nos últimos anos surgiram dúvidas sobre a capacidade da Petrobras de financiar os investimentos exigidos pelo novo regime.

"A partilha estagnou a produção, afugentou investidores e descapitalizou a empresa", disse Aécio. "O que parecia ser um bom negócio hoje é um ônus para a Petrobras."

Ele defendeu o fim da obrigatoriedade da participação da Petrobras nos futuros campos. "Descapitalizada, a Petrobras vai ter de buscar dinheiro no mercado com juros cada vez maiores", afirmou.

Se essa mudança fosse implementada, grupos privados e estrangeiros poderiam participar dos leilões sem precisar se associar à Petrobras.

Em campanhas eleitorais passadas, os petistas acusaram os tucanos de querer privatizar a gigante estatal. Ontem, Aécio defendeu a "reestatização" da empresa, para retirar os "interesses partidários" da sua administração.

O ato de ontem, do qual participaram políticos e especialistas, foi o primeiro de uma série planejada para dar visibilidade a Aécio e suas críticas ao governo. Militantes lançaram seu nome para presidente. Alguns usaram máscaras de Dilma e Lula e uma faixa que dizia: "Não deixe o PT quebrar a Petrobras".

Em nota para rebater as críticas, a Petrobras exaltou seus investimentos, negou dificuldade financeira e disse ser "reconhecida pelo mercado como a empresa que dispõe do melhor portfólio de ativos de petróleo e gás dentre todas as companhias de capital aberto no mundo".


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