São Paulo, terça-feira, 01 de fevereiro de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Obama vê Al Jazeera

O canal de notícias informou à noite que o "Exército não vai usar a força no Egito" contra a "marcha dos milhões", hoje. Foi manchete também no Ocidente, mas o comando da cobertura é da Al Jazeera.
Sites de mídia dos EUA ecoavam ontem um relato do Daily Beast, com "Newsweek", de que o próprio presidente Barack Obama tem uma televisão ligada sem parar na Al Jazeera, com sinal de satélite.
E começou por críticos de mídia como Jeff Jarvis e Naomi Klein, chegando ao Huffington Post e ao "New York Times", uma campanha para que as operadoras americanas de cabo ofereçam o sinal da Al Jazeera -suspendendo assim a "censura corporativa".

 

Na notícia do dia, o governo egípcio prendeu seis jornalistas da Al Jazeera, depois soltou. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, foi depois que o próprio governo americano pediu a libertação.
Oito anos atrás, no Iraque, no começo da invasão, o Departamento de Defesa bombardeou o escritório da Al Jazeera, matando o jornalista Tariq Ayoub.

INGÊNUA TAMBÉM NÃO
Nas manchetes dos sites de Buenos Aires, "Dilma y Cristina" estiveram com as Mães e Avós da Praça de Maio, no que a argentina chamou de "gesto maravilhoso" da brasileira. Desta, antes, aos jornais locais:
"Não vou negociar direitos humanos. Até tive uma pequena divergência com o Itamaraty... Mas tampouco sou ingênua para não ver o uso político. Os países desenvolvidos já tiveram problemas terríveis, em Abu Ghraib, Guantánamo."
De todo modo, destaque na Reuters, "Brasil não planeja nova mediação no Irã, diz chanceler". E na manchete de papel do "Estado", "Itamaraty pede reavaliação da política externa".

DILMA & EUA
foreignpolicy.com
Dela, aos jornais argentinos: "Hoje, fantasticamente, o Brasil tem superavit com os EUA. É importantíssimo ver os EUA como um grande sócio comercial". Mas a Moody's já alerta para corte na nota de crédito dos EUA. E a "Foreign Policy" aponta "Declínio Americano", que "Desta vez é para valer"

DILMA VS. CHINA
ft.com
No "FT" de ontem, "Investimento chinês no Brasil cresce", mas alguns efeitos são prejudiciais
O "Financial Times" deu página ontem para as tensões comerciais entre Brasil e China, agora que "Pequim emerge como a maior fonte de investimentos" no país, mas sem transferência de tecnologia e se concentrando em commodities. Dá como exemplo das "tensões" o estudo pelo governo brasileiro de restrições ao investimento em mineração, noticiado pela Folha.
Em análise, avisa que a "indústria brasileira está sendo testada por uma enchente de importações baratas", como parte da "competição da colega Bric".

EMERGENTES E OS JUROS
A Bloomberg fechou a semana destacando que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou no Fórum de Davos que o Brasil vai adotar uma "caixa de ferramentas mais ampla" no combate à inflação, não se restringindo aos juros. Como efeito, caíram as taxas futuras e o real se desvalorizou.
E ontem o "Wall Street Journal" já deu longa reportagem sobre inflação nos emergentes -com destaque para Ilan Goldfajn, ex-BC, hoje do Itaú Unibanco, questionando as medidas alternativas, que apenas adiariam o problema.
Ao fundo, o "FT" noticiou ontem que o banco central russo, "apesar do risco de inflação", decidiu não elevar juros. Turquia e México, dias antes, também não. Mas a Índia, sim.

SEM PAPEL
news.yahoo.com
Rupert Murdoch, dono do "WSJ" e da Fox News, lança amanhã seu jornal criado só para iPad The Daily, "o diário". Steve Jobs, dono da Apple, tirou licença médica e não vai mais ao lançamento

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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