São Paulo, terça-feira, 01 de junho de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Israel vs. Turquia

"New York Times" e "Wall Street Journal" postaram que o ataque indica a ruptura entre Israel e seu maior aliado na região, a Turquia.
Pode haver turcos entre os mortos. O "WSJ" sublinhou a reação do primeiro-ministro Erdogan, denunciando o "terror de estado", e de "analistas militares israelenses", temerosos da divisão estratégica. O jornal cita que ela não é nova e se acentuou com o acordo entre Turquia, Brasil e Irã.
Em destaque no "NYT", um colunista de jornal turco avisou que a ação "será vista como uma declaração de guerra", transformando "um país de 72 milhões na maior potência anti-Israel na região".
E o Council on Foreign Relations já postou análise antevendo a "ruptura" entre Turquia e Israel, além de "mais um" tropeço entre turcos e americanos.




huffingtonpost.com
ONDE ESTÁ HILLARY? Na manchete do Huffington Post, "Ataque em alto-mar aprofunda o isolamento de Israel". Com a foto, ressaltou a reação global, a fraca "preocupação" dos EUA e linkou análises de "Foreign Policy" e Salon, avaliando que o governo Obama não têm como "ignorar". Em destaque, deixou a pergunta "EUA serão o único país a não condenar o ataque?"

nytimes.com
"EXODUS 2" O "NYT" salientou os "paralelos" entre os navios de Gaza e o Exodus -acima- que enfrentou resistência semelhante em 1947, dos ingleses, ao levar judeus à Palestina. O site de estratégia Stratfor, em longa análise, disse que a "guerra de opinião pública" será vencida pelos palestinos, agora, se a ligação com o Exodus ganhar a "percepção global". Mas lembrou que o episódio que ajudou a estabelecer Israel se baseou, em parte, num livro de ficção, "Exodus", de Leon Uris

INTERFERÊNCIA NOS SINAIS
A Reuters ressaltou em seu despacho sobre o ataque que "a interferência israelense nos sinais e a censura militar impediram a apuração independente para o drama no mar".
Já era parte da "guerra de opinião pública", que começou com vídeos da Al Jazeera e da agência turca DHA, direto do navio, e fechou com cenas editadas e distribuídas pelos militares de Israel, inclusive nos telejornais brasileiros.

BRASIL & CHINA
Nas manchetes da Folha.com aos portais, "Brasil condena", "Brasil pede ação da ONU contra Israel", depois "Brasileira está bem".
Também no "China Daily", em destaque, mas sem manchete, "China condena ataque de Israel".

IRÃ E A BOMBA
No final do dia, o "NYT" chamou na home para a agência de energia, "Relatório da ONU diz que Irã tem urânio para duas armas nucleares". Já o enunciado do despacho da Reuters frisava que "Irã amplia centrífugas, mas supervisão melhora".

ISRAEL E A BOMBA
No domingo, antes do ataque, o "Times" de Londres deu que Israel havia decidido enviar submarinos "com mísseis nucleares para a costa do Irã".
Foi depois do apoio americano "inédito" à resolução da ONU sobre não proliferação, que "isolou Israel", como destacou o Drudge Report. "EUA sacrificaram Israel", questionou o israelense "Haaretz". De acordo com o "Yediot Aharonot", a decisão deixou o primeiro-ministro Netanyahu "furioso com Obama".

MAIS QUE A CHINA
Na capa do jornal "O Estado de S. Paulo", "PIB do Brasil cresce mais que o chinês" no primeiro trimestre. O IBGE divulga os dados na semana que vem. Na Reuters Brasil, "Lula acha bom expansão de 5% a 6%, mas quer evitar o efeito sanfona" de um crescimento ainda maior.
E em sua palestra no Brasil, coberta ontem por "Exame", "Financial Times", Bloomberg, o economista Nouriel Roubini sugeriu "cautela" com o crescimento brasileiro -e até usar "controles de capital", de modo "ponderado".



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