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Em meio à crise, PT faz acusações a Aécio
Pedido de deputados à Procuradoria-Geral da República lança suspeita sobre o que chama de "hábitos caros" do senador
Senador tucano diz que bens pessoais e da sua família não foram ocultados e estão todos registrados legalmente
ANDREZA MATAIS
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA
Em meio à crise do governo no Congresso e ao enfraquecimento de Antonio Palocci (Casa Civil), o PT de Minas ingressou anteontem na
Procuradoria-Geral da República com pedido para que o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado por supostas sonegação fiscal e
ocultação de patrimônio.
O PMDB-MG subscreve o
pedido. A representação acusa Aécio de ter "hábitos caros
e pouco comuns à maioria esmagadora da população".
Também cita que Aécio leva uma vida "nababesca",
frequenta restaurantes de
primeira linha, festas com celebridades e viaja em jatinhos, o que seria "incompatível com seus rendimentos".
A assessoria de Aécio afirma que todos os bens do senador estão declarados e que
seus hábitos são compatíveis
com seus rendimentos.
No Congresso, PT e PMDB
têm se recusado a aprovar
pedido para convocar Palocci. Conforme a Folha revelou, o ministro multiplicou
seu patrimônio por 20 entre
2006 e o ano passado.
A representação atinge um
dos interlocutores de Palocci
no PSDB em um momento de
fragilidade. Após a revelação
dos bens de Palocci, Aécio
defendeu um comportamento "sereno" da oposição.
Na ação, os deputados mineiros anexaram cópias da
declaração de bens de Aécio,
documentos sobre empresas
de sua família e reproduções
de multas de trânsito.
Também há cópia de declaração de despesas de sua
campanha com o aluguel de
um jatinho da Banjet Táxi
Aéreo, que ainda seria usado
para fins particulares sem
pagar nada. A empresa tem
como sócio Oswaldo Borges
da Costa Filho, nomeado por
Aécio para presidir a Companhia de Desenvolvimento
Econômico de Minas Gerais.
Um dos autores da ação
contra Aécio, o deputado Rogério Correia, líder do bloco
PT-PMDB-PC do B na Assembleia, disse que o caso é
"mais grave" que o de Palocci pois o primeiro "era governador quando enriqueceu".
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