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Lula diz pedir "a Deus" por Senado melhor
Em comício com Dilma em Curitiba, petista reclama de ter sido "ofendido" pelos senadores e prega renovação
De novo, presidente foi
estrela do evento do PT;
candidata repete que Serra usa a "tática do medo" por "desespero"
DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva fez críticas ao
Congresso em um evento de
campanha ontem, em Curitiba (PR), e disse que pedirá "a
Deus" que a candidata petista Dilma Rousseff, se eleita
presidente, tenha um Senado melhor do que o atual.
Para Lula, o Congresso
derrubou a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), em
2007, "por mesquinharia",
pensando em prejudicá-lo.
"Que ela tenha um Senado
de mais qualidade, um Senado mais respeitador, um Senado que não ofenda o governo, como eu fui ofendido", disse o presidente, que
pediu ainda aos eleitores
uma renovação na Casa.
Em seu discurso, o presidente também insinuou que
o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso deveria
parar de dar palpites sobre o
atual governo. Falou que,
quando deixar o cargo, não
vai dar aulas para quem for o
governante do momento.
"MEDO"
No mesmo comício ontem,
na "Boca Maldita", tradicional ponto do centro de Curitiba, Dilma fez ataques à estratégia do PSDB de atribuir ligações do PT com narcotraficantes e a guerrilha das Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Ela disse que a tática representa "ausência de projeto" dos adversários.
Em discurso, Dilma afirmou que o seu adversário tucano, José Serra, tenta reeditar estratégia que já havia
usada na eleição presidencial de 2002.
Os programas eleitorais tucanos na época insinuavam
que um governo de Lula traria problemas ao país.
"Esse mesmo meu adversário levou pessoas à televisão para dizer que temiam o
governo Lula", disse a candidata, numa alusão ao vídeo
da atriz Regina Duarte na
campanha de 2002.
Depois, em entrevista, Dilma classificou de "patética"
a estratégia de adversários de
tentar atrelar o PT a movimentos criminosos.
"Quem usa a estratégia do
medo, ou está muito desesperado, ou não percebe em
que país vive", afirmou.
Também participaram do
ato de campanha o candidato ao governo do Paraná Osmar Dias (PDT), que é irmão
do senador tucano Alvaro
Dias, e o governador do Estado, Orlando Pessuti (PMDB).
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