São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2010

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Lula diz pedir "a Deus" por Senado melhor

Em comício com Dilma em Curitiba, petista reclama de ter sido "ofendido" pelos senadores e prega renovação

De novo, presidente foi estrela do evento do PT; candidata repete que Serra usa a "tática do medo" por "desespero"

DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao Congresso em um evento de campanha ontem, em Curitiba (PR), e disse que pedirá "a Deus" que a candidata petista Dilma Rousseff, se eleita presidente, tenha um Senado melhor do que o atual.
Para Lula, o Congresso derrubou a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), em 2007, "por mesquinharia", pensando em prejudicá-lo.
"Que ela tenha um Senado de mais qualidade, um Senado mais respeitador, um Senado que não ofenda o governo, como eu fui ofendido", disse o presidente, que pediu ainda aos eleitores uma renovação na Casa.
Em seu discurso, o presidente também insinuou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deveria parar de dar palpites sobre o atual governo. Falou que, quando deixar o cargo, não vai dar aulas para quem for o governante do momento.

"MEDO"
No mesmo comício ontem, na "Boca Maldita", tradicional ponto do centro de Curitiba, Dilma fez ataques à estratégia do PSDB de atribuir ligações do PT com narcotraficantes e a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Ela disse que a tática representa "ausência de projeto" dos adversários.
Em discurso, Dilma afirmou que o seu adversário tucano, José Serra, tenta reeditar estratégia que já havia usada na eleição presidencial de 2002.
Os programas eleitorais tucanos na época insinuavam que um governo de Lula traria problemas ao país.
"Esse mesmo meu adversário levou pessoas à televisão para dizer que temiam o governo Lula", disse a candidata, numa alusão ao vídeo da atriz Regina Duarte na campanha de 2002.
Depois, em entrevista, Dilma classificou de "patética" a estratégia de adversários de tentar atrelar o PT a movimentos criminosos.
"Quem usa a estratégia do medo, ou está muito desesperado, ou não percebe em que país vive", afirmou.
Também participaram do ato de campanha o candidato ao governo do Paraná Osmar Dias (PDT), que é irmão do senador tucano Alvaro Dias, e o governador do Estado, Orlando Pessuti (PMDB).


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