São Paulo, segunda-feira, 01 de agosto de 2011

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Crises e MPs travam pauta na volta do Congresso

Primeiro semestre foi de paralisia das Casas

GABRIELA GUERREIRO
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

O Congresso retoma suas atividades nesta semana, após o recesso, refém da agenda do Planalto e das crises no governo. Não saiu do papel nenhuma das grandes discussões em sua pauta no primeiro semestre.
As medidas provisórias encaminhadas pelo Executivo dominaram os trabalhos na Câmara e no Senado. Entre fevereiro e julho, os senadores votaram 21 MPs, e os deputados, 25 -aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2010.
O Congresso não conseguiu votar a reforma política, as mudanças na tramitação das MPs e as PECs (propostas de emenda constitucional) 29 (sobre gastos mínimos com a saúde) e 300 (que cria piso salarial nacional para bombeiros e policiais).
O Senado retoma suas atividades com a obrigação de votar duas MPs que expiram em agosto.

"ALMOXARIFADO"
"O Executivo fez o Congresso de almoxarifado, aprovando o que quis, sobretudo medidas provisórias", disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).
Até integrantes da base governista reconhecem que a pauta é definida pelo Executivo. "No segundo semestre, trabalharemos para agilizar votações", disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Já o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), critica um "balanço levando em conta apenas o plenário". "Temos que considerar tudo o que foi aprovado."
Os congressistas -em especial do Senado- dedicaram boa parte do primeiro semestre para votar indicações de autoridades escolhidas pelo governo.


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