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Mendes diz não se pautar por interesses político-partidários
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar
Mendes negou ontem novamente que tenha conversado
na véspera com o candidato
tucano José Serra antes de
pedir vista no julgamento sobre a obrigatoriedade de dois
documentos para votar.
Mendes disse que jamais
foi pautado por questões político-partidárias em suas decisões. "Não [conversei], isso
é conversa fiada. O Serra nem
me chama de meu presidente, me chama de Gilmar", disse, após o julgamento.
A Folha revelou ontem
que o candidato à Presidência José Serra (PSDB) telefonou na véspera para Mendes
pouco antes das 14h. O pedido de telefonema e parte da
conversa foram presenciados pela reportagem.
No fim da tarde, Mendes
pediu vista (mais tempo para
análise) no julgamento de
uma ação direta de inconstitucionalidade do PT.
"Quem me conhece sabe
muito bem que jamais me
deixei pautar por interesses
político-partidários", disse.
José Serra também negou
ontem o telefonema para
Mendes. "Poderia ter conversado. Não teria nada de
mais", afirmou.
Serra minimizou o impacto eleitoral da derrubada da
exigência de apresentação
de dois documentos.
"Era uma lei que tornava a
fraude mais impossível. Tornava o voto mais seguro. O
PT entrou na última hora
porque deve achar que o voto
menos controlado o favorece. Acho que não."
Serra afirmou que a lei
passou pela aprovação de
Dilma Rousseff (PT) na Casa
Civil: "Só achei estranho que
uma lei que foi aprovada há
um ano, foi aprovada por todo Congresso, pelo PT, pela
Dilma, quando era chefe da
Casa Civil [...] chega na última semana, na última hora,
o PT entra no Supremo".
Já Dilma afirmou que, caso
se comprove, o telefonema
de Serra a Gilmar Mendes é
uma "prova escandalosa de
aparelhamento". Ela considerou uma "vitória" a derrubada da exigência. "Para
nós, isso é muito importante
porque facilita o ato de votar
de milhões de brasileiros e
brasileiras."
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