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Estatal subsidia evento de procuradores em resort
Encontro de uma semana, na Bahia, anuncia Lula na festa de abertura
Cerca de 400 servidores desfalcarão MP durante encontro; procurado, presidente da entidade não comentou o caso
LEONARDO SOUZA
DE BRASÍLIA
Com patrocínio da Caixa
Econômica Federal e convite
para que o presidente Lula
participe da abertura, ocorre
a partir de hoje, em um resort
na Bahia, encontro de 400
procuradores federais. A categoria, entre outras funções,
deve defender os interesses
sociais e fiscalizar o poder.
O evento acontece em um
complexo turístico na Praia
do Forte e vai até sábado (6).
A solenidade de abertura
anuncia a presença (ainda
não confirmada pela agenda
oficial) do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
O encontro, promovido
pela Associação Nacional
dos Procuradores da República, prevê ainda quatro palestras, reunião com associados aposentados e atividades
em grupos para desenvolver
trabalhos científicos.
A maior parte da programação, contudo, está reservada a atividades de lazer.
O 27º Encontro Nacional
dos Procuradores da República terá apresentação do
cantor e compositor Armandinho (inventor do trio elétrico), competições de vôlei e
de futebol, clínica de golfe e
até um "show de talentos".
Os participantes do evento
podem levar as famílias. Os
que quiseram aproveitar o feriado e anteciparam a chegada ao hotel vão contar com
traslado do resort para ir a
um cartório justificar a ausência na votação de ontem.
Desde terça-feira, a Folha
tenta, por meio da assessoria, falar com o presidente da
Associação Nacional dos
Procuradores da República,
Antonio Carlos Alpino Bigonha. Ele não telefonou de
volta para comentar as críticas de que os procuradores
vão desfalcar o Ministério
Público Federal na semana
posterior às eleições, período
em que geralmente há grande demanda de trabalho.
Os preços da inscrição
-que inclui cinco noites no
resort com tudo incluído,
translado entre o aeroporto e
o hotel, show de encerramento do evento, brindes e
material de trabalho- variam de R$ 1.100 a R$ 4.332.
PATROCÍNIO SEM CRISE
Segundo a Presidência, só
em 2009 -época de crise
econômica mundial- estatais e órgãos federais investiram R$ 909,6 milhões em patrocínios diversos, como peças de teatro e pequenas festas folclóricas. O valor é similar ao registrado em 2008.
A contabilização do valor
gasto em patrocínios federais
só existe a partir de 2003, primeiro ano do governo Lula.
O pico de gastos com patrocínio, entretanto, foi em
2006, quando o petista disputou e ganhou seu segundo
mandato: R$ 1,085 bilhão.
Colaborou FERNANDA ODILLA, de Brasília
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